Frente Nacional Antirracista se reúne na CBF e apresenta projetos; confira

Durante a reunião com Caboclo foram apresentadas ideias de ações para o combate do racismo no futebol como campanhas publicitárias, ações afirmativas para a inclusão de negros no mercado de trabalho do futebol e projetos de formação antirracista

  • Por Jovem Pan
  • 16/12/2020 10h29
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Leandro Lopes/CBF/Divulgação Rogério Caboclo é o atual presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) Rogério Caboclo é o presidente da CBF

Representada por líderes de diferentes movimentos negros, a Frente Nacional Antirracista esteve na sede da CBF, no Rio de Janeiro, na última terça-feira, 15, para apresentar programas de combate ao racismo no futebol brasileiro. O grupo se reuniu com o presidente Rogério Caboclo e foi liderado por dois dirigentes da Central Única das Favelas (CUFA): Preto Zezé, presidente da entidade, e Celso Athayde, fundador da organização. Durante a reunião com Caboclo foram apresentadas ideias de ações para o combate do racismo no futebol como campanhas publicitárias, ações afirmativas para a inclusão de negros no mercado de trabalho do futebol e projetos de formação antirracista, entre outras medidas.

Durante a pandemia da Covid-19, a CBF promoveu a Seleção Solidária, iniciativa social de jogadores e comissão técnica da seleção brasileira que, em conjunto com a entidade, doou cerca de R$ 5 milhões para ajudar famílias desamparadas pela doença. A doação foi realizada através das entidades Ação da Cidadania, Transforma Brasil e pela CUFA, ajudando o sustento de mais de 32 mil famílias. “Já é um privilégio termos trabalhado juntos, já temos alguns gols feitos e certamente faremos outros. Pode contar com nosso apoio. Tenho certeza que os nossos trabalhos vão evoluir rapidamente”, afirmou o presidente da CBF.

Preto Zezé também reforçou a importância de ter uma entidade como a CBF ao lado, ainda mais em momentos tão delicados como os últimos meses. “Foram dois momentos importantes para nós. Quero agradecer este reconhecimento, este carinho. A CBF esteve com a gente no pior momento da humanidade, principalmente atendendo setores que estavam totalmente vulneráveis, sem amparo nenhum, mobilizando jogadores, atletas de toda a sua rede para fazer um movimento de ajuda em escala para o país inteiro. A CUFA foi a interface entre pessoas que precisam e a CBF. Fizemos um gol de placa na cidadania e um gol de placa na sociedade. Hoje ser recebido na CBF desta forma nos deixa cheios de orgulho. Estamos em mais de cinco mil favelas, ajudando mais de nove milhões de pessoas, e a CBF é parte desta vitória”, declarou.

Um dos doadores da Seleção Solidária, o técnico Tite, da seleção brasileira, participou do encontro com os representantes da Frente Nacional Antirracista. Em fala direcionada aos dirigentes da CUFA, agradeceu pela possibilidade de fazer a diferença. “Vocês nos fizeram representar, eu me senti uma pessoa melhor, na medida que nós conseguimos, de alguma forma, contribuir, junto com tantas outras pessoas, para ter um pouquinho mais de igualdade social, para ter um pouquinho mais de oportunidades. Isso me deixa muito feliz e gratificado”, disse o treinador.

*Com Estadão Conteúdo

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