River Plate controla o Boca, vence por 2 a 0 e se aproxima da final da Libertadores

  • Por Jovem Pan
  • 02/10/2019 08h47
EFE/Matias Napoli Escalero O River Plate bateu o Boca por 2 a 0 em partida válida pela semifinal da Libertadores 2019

Com uma atuação muito sólida e contra um rival pouco inspirado, o River Plate venceu o Boca Juniors por 2 a 0, nesta terça-feira (1º), no Monumental de Núñez, em reedição da última final da Taça Libertadores, e deu um passo importante para voltar à decisão do torneio continental.

No ano passado, o River ficou com o título ao empatar com o arqurrival em 2 a 2 em La Bombonera e vencer por 3 a 1 na prorrogação no estádio Santiago Bernabéu, em Madri, já que a bola não pôde rolar em Núñez devido a um ataque da torcida do River ao ônibus do Boca.

Na luta pelo penta e pelo que seria o terceiro título nas últimas da Libertadores, os ‘Millonarios’ poderão até perder por dois gols de diferença na volta, daqui a uma semana, na Bombonera. Já os ‘Xeneizes’, donos de seis taças da competição, terá de devolver o 2 a 0 e resolver nos pênaltis ou vencer por uma vantagem ainda maior para avançar ainda no tempo normal.

Quem se classificar brigará pelo título com Flamengo ou Grêmio, que medirão forças nesta quarta-feira em Porto Alegre e na semana que vem, no Rio de Janeiro. A final, que pela primeira vez na história será disputada em jogo único, está marcada para 23 de novembro, em Santiago.

O River teve os principais jogadores à disposição, incluindo De la Cruz e Pratto, recuperados de lesão. Entretanto, enquanto o meia uruguaio, irmão de Carlos Sánchez, do Santos, começou jogando, o atacante com passagem por Atlético-MG e São Paulo foi banco, da mesma forma que Scocco, ex-Internacional.

No Boca, o meia Salvio, um dos principais reforços para o mata-mata da Libertadores, treinou em separado nos últimos dias devido a problema físico e foi reserva, assim como Buffarini e o experiente atacante Tévez. Desses, apenas o lateral, também ex-São Paulo, não entrou.

O jogo em Buenos Aires já começou com polêmica e gol. Aos seis minutos de bola rolando, Más derrubou Borré dentrou da área e, em um primeiro momento, o árbitro Raphael Claus, deixou o lance seguir. No entanto, auxiliado pelo VAR, o brasileiro consultou o monitor à beira do gramado e marcou pênalti. Borré cobrou com categoria no canto esquerdo e fez 1 a 0.

Depois que o placar foi aberto, o superclássico ficou tenso, com bastante confusão e poucas chances de gol. Aos 18 minutos, Mac Allister arriscou de longe e fez com que Armani se esticasse todo para evitar o empate.

O River voltou a incomodar apenas aos 26, em lançamento de Fernández para Suárez, que cortou o goleiro Andrada, mas ficou sem ângulo e saiu com bola e tudo. Um minuto depois, Casco tentou do bico esquerdo da área, mas foi bloqueado.

A parte final da primeira etapa foi emocionante. Borré teve duas grandes oportunidades em dois minutos, mas, aos 39, finalizou impedido e carimbou o travessão, e aos 41 soltou uma bomba para defesa de Andrada.

Um minuto depois, Ábila partiu no contra-ataque e passou no capricho para Capaldo, que, cara a cara com Armani, pegou mal e encobriu o travessão. Na resposta do River, aos 44, De la Cruz surpreendeu cobrando falta diretamente para o gol pela ponta esquerda, mas Andrada cortou em escanteio.

Na etapa final, o River foi para cima e criou bastante. Aos dez minutos, Montiel tentou cruzar, mas a bola tomou o caminho do gol e acertou a trave. A defesa ‘xeneize’ afastou no rebote. Em seguida, aos 15, De la Cruz chutou cruzado, a bola acertou Más, Izquierdoz e Andrada e tirou tinta da trave esquerda.

Até que aos 24 minutos, o ataque dos ‘Millonarios’ entrou tocando como quis na defesa adversária e aumentou a diferença. Fernández iniciou a jogada e apareceu entre os marcadores dentro da área para pegar de primeira depois de cruzamento rasteiro de Suárez pela direita e fazer 2 a 0.

Sem tirar o pé, o time anfitrião quase marcou o terceiro aos 29, quando Suárez tocou por cobertura, mas Andrada espalmou. Os visitantes responderam na mesma moeda, em finalização de classe de Salvio, mas Armani também conseguiu colocar para escanteio.

Nos instantes finais, o superclássico continuou lá e cá, mas com mais correria e marcação que criatividade. No último momento de perigo, aos 46, Pratto e Scocco puxaram contragolpe, e o ex-atacante do Inter saiu de frente para o goleiro, mas foi flagrado em impedimento.

Ficha técnica:

River Plate: Armani; Montiel, Martínez Quarta, Pinola e Casco; Pérez, Palacios, Fernández e De la Cruz (Álvarez); Borré (Scocco) e Suárez (Pratto). Técnico: Marcelo Gallardo.

Boca Juniors: Andrada; Weigandt, López, Izquierdoz e Más; Marcone, Capaldo, Soldano (Tévez), Mac Allister (Zárate) e Reynoso (Salvio); Ábila. Técnico: Gustavo Alfaro.

Árbitro: Raphael Claus, que será auxiliado por Danilo Manis e Bruno Pires.

Cartões amarelos: Fernández, Pérez e Pinola (River Plate); Más, Izquierdoz e López (Boca Juniors).

Cartão vermelho: Capaldo (Boca Juniors).

Gols: Borré e Fernández (River Plate).

Estádio: Monumental de Núñez, em Buenos Aires (Argentina).

* Com informações da EFE

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