Governo da Argentina mantém compromisso de organizar ‘metade’ da Copa América

Em meio ao agravamento de casos da Covid-19, país disse que não irá assumir jogos que estavam marcados para a Colômbia

  • Por Jovem Pan
  • 26/05/2021 20h41 - Atualizado em 26/05/2021 21h14
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Reprodução/Fernando Frazão/Agência Brasil Brasil aceitou sediar o evento após as desistências da Colômbio e da Argentina Seleção brasileira comemora título na Copa América em 2019

O governo da Argentina disse nesta quarta-feira, 26, que segue comprometido com a realização da Copa América, mas apenas para os jogos que lhe foram atribuídos, e não para os que seriam disputados na Colômbia. “A Argentina ainda tem o compromisso de organizar metade da Copa América. É nisso que estamos trabalhando, na organização da metade da Copa”, disse o chefe de Gabinete de Ministros da Argentina, Santiago Cafiero, à imprensa local. Na semana passada, a Colômbia pediu o adiamento da competição, prevista para ser disputada em conjunto com a Argentina de 13 de junho a 10 de julho, mas a Conmebol rejeitou o pedido e afirmou que as partidas que seriam disputadas em território colombiano (incluindo a decisão) seriam deslocadas devido à crise social no país. “Estamos trabalhando do ponto de vista da saúde quais são as medidas e protocolos e como essa competição internacional poderia ser realizada, mas a metade que a Argentina se comprometeu”, disse Cafiero à rádio “La Red”.

O chefe de Gabinete destacou que, devido à “situação social que atravessa a Colômbia, ficou decidido que a parte que deve ser feita na Colômbia não acontecerá naquele país”. “Há uma oferta para realizar a competição toda na Argentina, mas primeiro temos que terminar de resolver a parte em que nos comprometemos”, disse Cafiero. Ele defendeu que organizar a Copa América envolve um “debate” sobre as instalações, analisando a situação sanitária das sedes, qual a mobilidade necessária e o trabalho da imprensa. “Não são só as equipes, que são enxutas e não mobilizam muita gente, mas é tudo que se mobiliza ao redor. Do ponto de vista sanitário, ainda não temos nenhum alerta contra a organização, mas também é verdade que temos que tomar medidas extremas”, afirmou.

A Argentina passa por um aumento vertiginoso de casos de Covid-19 desde abril, com um nível crescente de ocupação de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Diante desse cenário, o presidente do país, Alberto Fernández, anunciou na semana passada um endurecimento das restrições em quase todo o país, com um forte confinamento que vai durar até o próximo dia 31, e depois a continuação das restrições que estavam em vigor até a última sexta-feira. A Argentina registrou um recorde de casos diários no último dia 19 com 39.652, e no dia anterior bateu o de mortes, com 745 em um dia. A Associação do Futebol Argentino decidiu suspender, para combater a Covid-19, a programação de partidas em todas as competições locais, tanto femininas quanto masculinas, até o próximo domingo. Porém, para esta semana, estão agendados em solo argentino cinco jogos da Taça Libertadores da América e quatro da Copa Sul-Americana.

*Com informações da EFE

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