Justiça atende Flu e bloqueia parte do valor da venda de Diego Souza ao São Paulo
O São Paulo terá de depositar em juízo os cerca de R$ 5 milhões referentes à segunda metade do pagamento ao Sport pela compra do meia-atacante Diego Souza. A determinação vem de liminar da Justiça do Rio, assinada pela juíza Fernanda Galliza do Amaral, que bloqueou de forma provisória metade da quantia total da venda do atleta até que um imbróglio entre o Sport e o Fluminense seja resolvido.
Assim que a transferência do jogador foi acertada do time pernambucano para o paulista, o Fluminense entrou com uma ação cobrando R$ 5 milhões pela transação – o São Paulo acertou a compra por R$ 10 milhões. Em nota, os cariocas afirmam que não vão abrir mão do valor, e querem fazer valer o contrato firmado em 2016, quando o jogador voltou para o clube nordestino e os cariocas ficaram com 50% de seus direitos econômicos.
O Sport se ampara em uma troca de e-mails entre o empresário do jogador, Eduardo Uram, e o diretor da base do Fluminense, Marcelo Teixeira, para afirmar que o clube das Laranjeiras só têm direito a R$ 1 milhão. Na conversa, Teixeira teria autorizado Uram a negociar com o Sport a parte relativa ao Flu em uma eventual transferência do atleta pelo valor de R$ 1 milhão.
Para o Fluminense, o contrato era apenas entre Marcelo Teixeira e Eduardo Uram, e não tem valor maior ao que está escrito no acordo firmado em 2016. O Sport e o São Paulo ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a situação.
“Desde o início do caso Diego Souza, o Fluminense tinha ciência do e-mail do diretor esportivo de futebol de base, Marcelo Teixeira, tanto que anexou nos autos do processo uma cópia informativa que circulou apenas internamente. A versão original foi endereçada apenas ao Sr. Eduardo Uram. Nesta terça-feira, através do Escritório Bruno Calfat Advogados, contratado pelo Fluminense, o clube obteve o deferimento de liminar que determina que o pagamento das parcelas futuras devidas pelo São Paulo ao Sport seja depositado em juízo até o fim do processo. O clube, que nunca abriu mão do porcentual do atleta e jamais celebrou qualquer aditivo contratual em relação aos direitos econômicos do jogador, continuará lutando para fazer valer os termos do contrato assinado com o Sport em março de 2016”, afirmou o Fluminense em nota oficial.
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