Projeto que prevê premiação igualitária para o futebol feminino avança no Senado

PL proíbe o financiamento de eventos esportivos com recursos públicos caso o pagamento igualitário não seja feito

  • Por Jovem Pan
  • 11/03/2022 20h31
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Reprodução O time feminino do Corinthians comemora o título do Campeonato Brasileiro 2020 Projeto tenta igualar projeto aprovado nos Estados Unidos

O Projeto de Lei (PL) 321/21, que proíbe o financiamento de eventos esportivos com recursos públicos se as premiações forem de valores diferentes para homens e mulheres, foi aprovado nesta semana na Câmara dos Deputados, no Dia Internacional da Mulher, e avançou para análise do Senado. A lei trata de um avanço no reconhecimento igualitário de gêneros. Segundo o texto, o projeto “proíbe o custeio com recursos públicos da administração direta ou indireta de iniciativas que não garantam entre atletas homens e atletas mulheres valores idênticos pagos a título de premiação nas competições desportivas que organizarem ou de que participarem”. Ou seja, nesses eventos homens e mulheres passariam a ganhar valores iguais. Recentemente, nos EUA, a seleção de futebol feminino teve o reconhecimento de salários e premiações idênticas ao do time masculino. Em caso de infração da lei, caso seja aprovada no Brasil, os responsáveis deverão pagar multa entre R$ 5 mil e R$ 200 mil. O valor vai ser destinado a medidas federais de combate à violência contra as mulheres.

“Não se pode mais conceber tal discriminação contra a mulher. É necessário garantir os seus direitos, estimular cada vez mais a sua participação em igualdade de condições com o homem, valorizando-a e apoiando-a cada vez mais”, diz no texto a autora do projeto Rosângela Gomes, deputada do Republicanos (RJ), que usou como exemplo o torneio de tênis de Roland Garros, na França. Na Câmara, outro Projeto de Lei também se debruça sobre o tema. O PL 1416/19 determina a igualdade das premiações entre homens e mulheres em competições esportivas financiadas por recursos públicos e espera análise conclusiva na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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