Com dois tempos distintos, Santos e Palmeiras empatam no Pacaembu

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 19/07/2018 22h00 - Atualizado em 19/07/2018 22h30
ALE VIANNA/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO Dodô e Lucas Lima disputam a bola no clássico entre Santos e Palmeiras no Pacaembu

Santos Palmeiras fizeram um clássico de dois tempos completamente distintos na noite desta quinta-feira (19), no Pacaembu, em duelo válido pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Quando foi superior, no primeiro tempo, os palmeirenses saíram na frente com gol de Lucas Lima. Na etapa final, os santistas melhoraram, aproveitaram o cansaço do rival e deixaram tudo igual graças ao zagueiro Gustavo Henrique.

O resultado acabou não sendo bom para nenhum dos dois. O time de Jair Ventura segue perto da zona do rebaixamento, com 14 pontos, apenas um à frente do Bahia, primeiro integrante do Z4. Já a equipe de Roger Machado perdeu a oportunidade de voltar ao G6 e está na sétima posição, com 20.

Os times voltam a campo pelo Brasileirão no próximo domingo (22). O Santos vai até a Arena Condá, em Santa Catarina, enfrentar a Chapecoense, às 19 horas. O Palmeiras joga um pouco mais cedo, às 16: recebe o Atlético-MG, no Allianz Parque.

O jogo

Com duas formações bem ofensivas, Jair Ventura e Roger Machado montaram esquemas táticos que privilegiavam os contra-ataques. E se uma palavra pode definir por que os construídos pelos palmeirenses funcionaram melhor do que os dos santistas, ela é organização.

Apesar de ter quatro homens rápidos – Rodrygo, Sasha, Gabigol e Bruno Henrique – no ataque, o Santos esbarrava em dois problemas. Primeiro, esse quarteto não se entendia na movimentação e, não raro, batia cabeça, errando passes bobos. Bem diferente do que o tridente da frente do oponente, formado por Hyoran, Lucas Lima e Scarpa, fazia, tocando a bola com muito mais precisão. Segundo, havia um buraco gigante entre a defesa e o quadrado ofensivo. E foi justamente aí onde o Palmeiras se deu bem.

Quando recuperava a posse a bola, Bruno Henrique e Felipe Melo fazxiam a conexão com muito mais eficiência do que a dupla de meio-campistas do adversário – Alison e Jean Mota. Foi Bruno Henrique, aliás, quem começou a jogada do gol, logo aos 6 minutos. Puxou o contragolpe com Willian na direita, o atacante achou Lucas Lima no meio, e o camisa 20, sozinho dentro da área, teve tempo para dominar de costas para o gol de Vanderlei, girar e chutar de canhota, no canto: 1 a 0.

O Palmeiras ainda poderia ter ido para o intervalo com vantagem maior se após outro bom contra-ataque puxado pelo Hyoran, o mesmo não tivesse desperdiçado chance cara a cara com Vanderlei – o meia deu uma cavadinha tirando do goleiro, mas Alison salvou de cabeça em cima da linha.

Tendo de sair para o jogo, o Santos voltou melhor do intervalo. Ao menos, trabalhava a bola com um pouco mais de carinho, evitando entregá-la de graça ao Palmeiras como se cansou de fazer na etapa anterior. Faltava, porém, chegar em melhores condições de finalizar no gol de Weverton.

O técnico Jair Ventura ainda teve de enfrentar a perda de Rodrygo, que saiu machucado aos 21, e os gritos de “burro” quando trocou Alison por Léo Cittadini. Para alívio dele, o gol de empate saiu no lance seguinte, por sinal, bastante confuso. Victor Ferraz cruzou da entrada da área, Antônio Carlos afastou. Dodô recolocou a bola no tumulto e Felipe Melo a desviou para trás, acertando o travessão. No rebote, o zagueiro Gustavo Henrique também usou a cabeça para empurrar para dentro: 1 a 1.

Com o time cansado, Roger Machado se viu obrigado a mexer duas vezes: trocou Hyoran e Willian, esgotados, por Jean e Deyverson, respectivamente. Mas foi o Palmeiras quem quase saiu do Pacaembu comemorando a vitória. Nos dois últimos bons momentos do clássico, parou em Vanderlei e na trave, em finalização de Jean.

Confira a narração dos gols:


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