Treinador do Japão elogia Brasil, mas diz que sua seleção dominou segundo tempo
Jogando contra aquela que considera a melhor equipe do mundo, o Brasil, o treinador do Japão, Vahid Halilhodzic, se disse insatisfeito pela derrota por 3 a 1 sofrida no amistoso realizado nesta sexta-feira (10), em Lille, na França. Segundo o técnico franco-belga, o pênalti apitado com o auxílio da arbitragem de vídeo no início do jogo desestabilizou o time japonês, que teria sido “ingênuo” no primeiro tempo. No segundo, afirmou, sua equipe equilibrou o jogo, chegou a dominar a posse de bola, mas “respeitou demais os jogadores brasileiros”.
Halilhodzic é ao que tudo indica um fã do futebol da seleção e de Tite como treinador. Em sua entrevista coletiva, o treinador frisou em vários momentos que considera o Brasil a melhor equipe do mundo no momento, dona de um contra-ataque irresistível, e com jogadas rápidas. “O Brasil é outro mundo. É preciso ser realista e sincero”, afirmou. “Jamais conheci uma geração brasileira que defende em bloco, com marcação baixa. Nunca vi a equipe do Brasil assim”.
Mas, mesmo frente a essa equipe, lamentou que o Japão não tenha tido mais segurança e força mental para resistir aos ídolos brasileiros. “Não sei o que se passou na cabeça dos jogadores no primeiro tempo. Teve o pênalti apitado graças ao famoso vídeo, que desestabilizou um pouco a equipe. E, jogando contra o Brasil, que é a melhor equipe do mundo neste momento…”, lamentou Halilhodzic. “No intervalo, fiz algumas alterações. Disse aos jogadores que se marcássemos um gol, talvez houvesse um segundo e um terceiro. Houve um segundo gol, mas anulado por impedimento ”
O técnico lamentou ainda a dificuldade imposta pelo elenco do Brasil. “Quando se joga contra Neymar, Willian ou ‘Jesusinho’, não tem muitos jogadores capazes de ganhar o duelo pessoal”, reconheceu. “Já disse que o Brasil é a melhor equipe do mundo, e por isso sobretudo o segundo tempo me deu uma boa esperança e satisfação. Quando você observa o segundo tempo, talvez tenhamos jogado de igual para igual, senão até dominado em termos de posse de bola.”
Sem papas na língua, Halilhodzic ressaltou que reuniu seu grupo no vestiário e reclamou do respeito excessivo em relação aos jogadores do Brasil. “Por que vocês tiveram medo?”, questionou. “Por isso eu os encorajei, disse que não estava satisfeito do ponto de vista mental e de agressividade”.
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