Nacional de Medellín bate Del Valle em casa e é bicampeão da Libertadores

  • Por EFE
  • 27/07/2016 22h42
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EFE Nacional de Medellín bate Del Valle em casa e é bicampeão da Libertadores

O Nacional de Medellín se sagrou bicampeão da Taça Libertadores nesta quarta-feira ao fazer valer o mando de campo e vencer o Independiente del Valle por 1 a 0 no estádio Atanasio Girardot, depois de ter empatado em 1 a 1 no jogo de ida, em Quito.

A atuação do time anfitrião não foi tão bonita quanto a festa feita pela torcida nas arquibancadas, mas um gol marcado por Borja logo nos primeiros instantes de bola rolando garantiu o segundo título da história do Nacional, que já havia dado a volta olímpica em 1989.

De quebra, a equipe dirigida por Reinaldo Rueda protagonizou a melhor campanha da história da Libertadores no formato atual, com seis partidas na fase de grupos e oito no mata-mata até a decisão. O time de Medellín somou 33 pontos, um a mais que o Boca Juniors em 2003.

Grande nome do confronto desta quarta, Miguel Borja foi contratado junto ao Cortuluá durante a pausa do torneio continental para a realização da Copa América e fez quatro nos dois jogos contra o São Paulo, nas semifinais. O camisa 23 estará nos Jogos Olímpicos defendendo a Colômbia.

Ao Del Valle, que disputou a Libertadores pela terceira vez na história, resta o alento de ter sido o terceiro representante equatoriano a disputar a final. O Barcelona de Guayaquil perdeu para o Vasco em 1998, e a LDU de Quito foi campeã em cima do Fluminense dez anos depois.

O Nacional não pôde contar com o volante Sebastián Pérez, que, fora pelo acúmulo de cartões amarelos, deu lugar a Alejandro Guerra. Por outro lado, Alexander Mejía voltou ao meio-campo justamente depois de ter cumprido suspensão.

No Del Valle, o atacante José Angulo sofreu uma entorse de tornozelo na primeira partida da final e era dúvida, mas começou jogando. Dessa forma, o técnico Pablo Repetto manteve a formação inicial do primeiro jogo.

O time da casa começou o duelo decisivo com tudo e assustou logo com um minuto de bola rolando. Guerra adiantou no meio para Borja, que levou a melhor sobre Mina e invadiu a área, mas chutou por cima do travessão.

Bem organizado e empurrado pela torcida, o Nacional fez 1 a 0 aos oito minutos. Guerra sofreu falta na intermediária, Torres foi para a cobrança e levantou. A bola tomou a direção do gol, e o goleiro Azcona até salvou em um primeiro momento, mas Borja pegou o rebote e mandou para a rede.

Com a vantagem obtida logo cedo, o time da casa passou a impor seu estilo de jogo, com troca de passes e alguma lentidão, “cozinhando” o adversário, que não conseguia atacar. Aos 19, Bocanegra dominou na direita e buscou Borja, que dividiu com Núñez e pediu pênalti, mas o argentino Néstor Pitana deixou seguir.

O Del Valle atacava pouco em quando descia, cometia erros que comprometiam a criação, como aos 23 minutos, quando Sornoza rolou nas costas da marcação para Cabezas. O goleiro Armani saiu bem e segurou.

Na sequência, houve forte pressão do Nacional, que teve pelo menos três oportunidades para ampliar, mas não conseguiu. Aos 29 minutos, Marlos Moreno ficou com a sobra e pegou mal, isolando. Torres arriscou de longe um minuto depois, Azcona deu rebote e teve de dividir com Berrío para se livrar do perigo. Por fim, aos 32, Borja acelerou pela esquerda com liberdade, mas adiantou demais e permitiu que Mina cortasse no carrinho.

Aos 34, Sornoza, que provavelmente reforçará o Fluminense em 2017, enfim apareceu bem no jogo e descolou enfiada para José Angulo, que recebeu entre Bocanegra e Sánchez e bateu forte, à direita do alvo.

Depois disso, a primeira etapa foi ficando mais pegada, e as jogadas de ataque deram lugar a lances mais ríspidos. Pitana tirou o cartão amarelo duas vezes, para Guerra e Sornoza.

O segundo tempo começou com polêmica. Logo com um minuto, Uchuari, que entrou na vaga de Sornoza, deu um lençol em Bocanegra dentro da área e foi derrubado por Henríquez no carrinho. Apesar do corte temerário, a arbitragem não assinalou a penalidade.

A resposta da equipe anfitriã foi dada aos sete, em linda jogada individual de Moreno, que passou por dois na esquerda da área e serviu Berrío, que concluiu rente ao pé da trave esquerda.

O Nacional era dono da final, mas abusava do direito de perder oportunidades de gol. Aos 16 minutos, Borja ganhou bonito de Mina no corpo e ficou de frente para a meta, com espaço para carregar, mas preferiu chutar da meia-lua e cedeu tiro de meta.

Aos 26, o erro foi de Moreno. Torres descolou ótimo lançamento para a área, e Borja não alcançou. Com espaço, o meia-atacante cabeceou e tirou tinta do poste direito.

Na sequência, aos 30, Azcona foi de vilão a herói em poucos segundos. O goleiro do Del Valle saiu jogando errado, Borja foi acionado na grande área e bateu cruzado da esquerda. O camisa 1 caiu no cantinho e se redimiu.

Rueda então recuou a equipe colombiana, colocando Ibargüen e Rescaldani nos lugares de Moreno e Borja, respectivamente. O Del Valle então foi para o abafa, mas sem muita organização nem potência. Aos 40, após bico para frente de Caicedo, Sánchez falhou e José Angulo passou para trás, mas Bocanegra cortou, garantiu o triunfo e o caneco.

Ficha técnica:.

Nacional de Medellín: Armani; Bocanegra, Sánchez, Henríquez e Díaz; Mejía, Guerra (Arias) e Torres; Moreno (Ibargüen), Berrío e Borja (Rescaldani). Técnico: Reinaldo Rueda.

Independiente del Valle: Azcona; Núñez, Caicedo, Mina e Tellechea (Castillo); Rizotto, Orejuela e Sornoza (Uchuari); Cabezas, Julio (González) Angulo e José Angulo. Técnico: Pablo Repetto.

Árbitro: Néstor Pitana (Argentina), auxiliado pelos compatriotas Ezequiel Brailovsky e Ariel Scime.

Cartões amarelos: Guerra, Borja e Rescaldani (Nacional de Medellín); Rizotto e Sornoza (Del Valle).

Gol: Borja (Nacional de Medellín).

Estádio: Atanasio Girardot, em Medellín. 

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