Após demissão, Maurício Souza provoca em post e defende o Minas Clube: ‘A culpa é da lacração’

‘A culpa é da turma da lacração fazendo pressão em cima dos patrocinadores’, disse o central, que foi desligado do clube após fazer comentários homofóbicos nas redes sociais

  • Por Jovem Pan
  • 28/10/2021 11h34 - Atualizado em 28/10/2021 11h37
Reprodução/Instagram/@mauriciosouza17 Maurício Souza foi demitido do Minas Vôlei Clube por fazer publicações homofóbicas Maurício Souza foi demitido do Minas Vôlei Clube por fazer publicações homofóbicas

Maurício Souza, demitido do Minas Vôlei Clube por tecer comentários homofóbicos, voltou às redes sociais na manhã desta quinta-feira, 28. Primeiro, o central que defendeu a seleção brasileira nas Olimpíadas de Tóquio-2020 fez uma provocação, publicando uma foto do Super-Homem beijando a Mulher Maravilha – a polêmica com o jogador começou após ele criticar a DC Comics por um quadrinho em que o herói aparecia beijando uma pessoa do mesmo sexo. Horas depois, o atleta saiu em defesa do Minas, dizendo que a “culpa” por sua demissão foi da “turma da lacração.”

“O Minas não teve culpa nenhuma disso tudo. A culpa é da turma da lacração fazendo pressão em cima dos patrocinadores. Acarretou de o patrocinador ameaçar tirar o patrocínio do feminino e do masculino. Isso ficou insustentável. O meu diretor, Elói (Oliveira), e o meu presidente, Ricardinho (Santiago), fizeram o máximo para me segurar na equipe. Fizeram o possível e o impossível. Infelizmente, o time não aguentaria perder tantos patrocínios assim. E aí aconteceu o que aconteceu. Mas eles foram homens. São homens de verdade, que eu admiro. A culpa não foi deles”, disse Maurício Souza, em vídeo postado no Instagram.

Na última quarta-feira, momentos antes de ser oficialmente desligado pelo Minas, Maurício pediu desculpas, mas reafirmou que seu posicionamento é somente uma opinião, não um crime. “Eu vim para pedir desculpas a todos que se sentiram ofendidos com a minha opinião por defender aquilo que eu acredito. Não foi a minha intenção. Respeito todos, sempre respeitei dentro e fora de quadra. Já joguei com vários homossexuais e sempre os respeitei, sempre mantive amizade. Fico triste por tudo que está acontecendo. Infelizmente, a gente não pode mais dar opinião, não pode colocar os valores acima de tudo, valores de família que a gente acredita. Mas os valores de vocês a gente tem que respeitar a qualquer custo. Se não, somos taxados de homofóbicos, como preconceituosos. Não concordo com isso”, comentou.

Após a fala, diversos atletas se posicionaram contra a postura de Maurício. Dentre eles, está Douglas Souza, que é homossexual, que fez uma série de críticas ao comportamento do ex-colega de seleção. “O famoso não vai dar em nada né. Toda vez a mesma coisa, cansado disso de sempre ter falas criminosas e no máximo que rola é uma “multa” e uma retratação nas redes sociais. Até quando?”, escreveu Douglas em publicação feita na terça. Outras atletas também se posicionaram, como Carol Gattaz, Fabi Alvim e Sheilla Castro, sendo que as últimas realizaram publicações com a frase “Homofobia é crime.”

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