Covas lamenta cancelamento do GP Brasil e cortará licitação de R$ 48 milhões
O prefeito de São Paulo disse que, segundo projeções, a cidade estará em melhores condições em novembro do que Áustria e Hungria, países que já receberam etapas da Fórmula 1 neste ano
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), revelou nesta sexta-feira, 24, que determinou o cancelamento de uma licitação no valor de R$ 48 milhões para reformas no autódromo de Interlagos. Durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, Covas disse que tomou a decisão depois de a Fórmula 1 ter anunciado nesta sexta-feira que o GP do Brasil não será realizado neste ano como forma de prevenção ao novo coronavírus. “Já determinei o cancelamento da licitação que estava em andamento no valor de R$ 48 milhões para a reforma da pista. Não tem mais como segurar isso. Já determinei o cancelamento porque não vamos gastar R$ 48 milhões com o risco de não ter Fórmula 1 em São Paulo”, disse Covas na entrevista coletiva.
O prefeito não mencionou mais detalhes sobre a licitação cancelada e lamentou o cancelamento. Segundo ele, a cidade estava preparada para receber o grande evento, marcado para novembro. “Ao longo das últimas semanas enviamos todos os dados à organização do evento, mostrando que a realidade da cidade de São Paulo é bem diferente da realidade brasileira, que é o que tem nas notícias que chegam tanto aos pilotos como para as equipes”, disse Covas. O prefeito garantiu que a cidade, segundo projeções da própria Prefeitura, estará em melhores condições em novembro do que cidades que já receberam etapas da F-1 neste ano, na Europa. “A projeção mostra que em novembro estaremos em uma situação bem melhor do que estavam os países europeus onde já tivemos a realização do GP. Destacamos, inclusive, que tanto as autoridades sanitárias do Estado tanto do município desenvolveram protocolo para realizar eventos de automobilismo.”
Apesar de ter mencionado o “risco de ter não ter Fórmula 1 em São Paulo”, Covas afirmou que a cidade continua em contato com a categoria para conseguir realizar a prova no próximo ano. O contrato atual termina em 2020 e, para se manter no calendário, a capital paulista precisa de uma renovação. “Nós continuamos a conversa para a prorrogação do contrato”, afirmou. Presente à mesma entrevista coletiva, o governador de São Paulo, João Doria, não comentou sobre o cancelamento do GP do Brasil de Fórmula 1. Há duas semanas, porém, ele havia garantido que o evento estava mantido e não corria riscos por causa da pandemia. “Com relação a este ano, o contrato tem de ser cumprido. É preciso deixar isso claro de parte à parte”, comentou no dia 10 deste mês.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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