Deivid Silva perde decisão do surfe no México; finais terão quatro brasileiros
No masculino, Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e Filipe Toledo se juntam ao americano Conner Coffin e ao australiano Morgan Cibilic, enquanto Tatiana Weston-Webb busca a glória inédita no feminino
Disputada cerca de 10 dias depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, a etapa do México do Circuito Mundial de Surfe, na praia de Barra de la Cruz, na região de Oaxaca, terminou nesta sexta-feira, 13, e por muito pouco o título não ficou com o Brasil. O paulista Deivid Silva lutou, mas o calouro australiano Jack Robinson foi o vitorioso na final com o somatório de 15,16 pontos nas duas melhores ondas (6,83 + 8,33) contra 15,14 (7,27 + 7,87). Foi a primeira final da carreira do brasileiro na World Surf League (WSL, na sigla em inglês). O surfista de Praia Branca, no Guarujá (SP), pode comemorar mesmo assim. Com o resultado expressivo no México, garantiu a classificação para o CT, o circuito de elite do surfe, em 2022 – sem a necessidade de passar pelo QS (segunda divisão).
Deivid Silva havia eliminado o compatriota Gabriel Medina nas quartas de final na quinta-feira. Na semifinal, nesta sexta, ele passou pelo italiano Leonardo Fioravanti com somatório de 13,23 contra 10,90. No outro lado da chave, Jack Robinson evitou uma final totalmente brasileira ao bater Mateus Herdy por 16,00 a 11,50. Com o cancelamento da etapa de Teahupoo, no Taiti, por questões relacionadas à Covid-19, a do México foi a sétima e última da temporada. O próximo desafio é a WSL Finals, em Trestles, na Califórnia. O Brasil vai com três representantes entre os homens e uma entre as mulheres para a disputa do título. No masculino, Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e Filipe Toledo se juntam ao americano Conner Coffin e ao australiano Morgan Cibilic nos duelos a partir de 9 de setembro. No feminino, Tatiana Weston-Webb busca a glória inédita contra a americana Carissa Moore, as australianas Stephanie Gilmore e Sally Fitzgibbons e a francesa Johanne Defay.
Na competição, o quinto lugar do ranking encara o quarto. O vencedor pega o terceiro e assim por diante. O duelo contra os líderes dos rankings – Gabriel Medina e Carissa Moore – é uma melhor de três baterias. Quem vencer duas é campeão e campeã de 2021. Antes da final em Barra de la Cruz, o campeão mundial de 2015, Adriano de Souza, surfou uma onda de despedida e saiu do mar carregado pelos brasileiros em festa. Foi a despedida de Mineirinho do circuito profissional, depois de 15 anos. Aos 34 anos, ele deixa uma história de glórias nos mares, amizades no mundo do surfe e exemplo para as novas gerações. Ele foi o líder maior do domínio do Brasil no Circuito Mundial, especialmente na década passada.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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