Favorita ao ouro, patinadora russa pode ser expulsa dos Jogos de Inverno por doping
Jovem de 15 anos teria usado substância vasodilatadora para tratar angina
Uma das principais estrelas da patinação artística mundial, a russa Kamila Valieva foi pega no exame antidoping com a substância trimetazidina, um medicamento para angina, uma doença do coração, e que tem função vasodilatadora, de acordo com veículos da imprensa russa. Valieva era favorita ao ouro na prova individual na Olimpíada de Inverno de Pequim e já havia participado da conquista do primeiro lugar pela equipe do Comitê Olímpico Russo. Ainda não há um pronunciamento oficial sobre o caso do Comitê Olímpico Internacional (COI), mas o doping seria a razão pela qual a cerimônia de entrega de medalhas, que já deveria ter ocorrido, ainda não foi realizada. Valieva tem 16 anos e, por ser menor de idade, é uma “pessoa protegida” no sistema antidoping. Isso significa que, mesmo que venha a ser suspensa, a informação não pode ser divulgada ao público pelo COI.
Em sua apresentação durante a disputa por equipes, Valieva se tornou a primeira mulher a completar um salto quádruplo em Olimpíadas – e o fez duas vezes. Se o doping for confirmado, será mais um na história russa: o país não pode competir sob o nome por causa de um escândalo no qual o COI diz ter encontrado evidências de um esquema governamental para dar substâncias proibidas aos atletas e fraudar os resultados de laboratórios de testagem. Assim, os competidores russos precisam provar em laboratórios de outros países que não estão dopados e não usam os símbolos do país – nem o nome, adaptado para Comitê Olímpico Russo, nem a bandeira e o hino.
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