Ponte se conforma com assédio e já admite perder atletas após Paulista

Primeira finalista do Campeonato Paulista, a Ponte Preta já se conforma com a possibilidade de perder jogadores após a competição estadual. Em entrevista exclusiva a Fredy Junior, para a Rádio Jovem Pan, o gerente de futebol da Macaca, Gustavo Bueno, disse que o clube entende a visibilidade proporcionada pela grande campanha no primeiro semestre e está aberto a negociações. 

“Se aparecer algo que seja bom para o atleta e bom para o clube, a gente está aberto a negociações, sim, porque a Ponte sempre se remontou. Infelizmente, não temos receitas que nos permitam pensar a médio e longo prazo. Eu não posso fazer contratos de dois, três, quatro anos com nenhum atleta. Então, a Ponte sempre teve de montar e remontar equipes“, argumentou. 

Qualquer conversa, no entanto, só será conduzida daqui a duas semanas, depois da decisão do Paulistão. A intenção da diretoria campineira é a de não pensar em outra coisa que não sejam as duas partidas mais importantes da história do clube – que, em 116 anos de vida, nunca foi campeão estadual. 

“A gente sabe que uma campanha boa de uma equipe como a Ponte Preta traz uma visibilidade muito grande. Então, os atletas passam a ser observados de uma outra maneira. Mas tudo tem o seu momento. A gente tem conversado muito com os atletas, dizendo que o foco agora é o Campeonato Paulista“, afirmou Gustavo Bueno. 

“A gente sente o peso, a cobrança… Reflete internamente. Todos sabem da história da Ponte Preta, mas procuramos blindar os atletas. Tentamos passar a eles que estamos vivendo a nossa história, o nosso momento. Trabalhamos para que essa cobrança não chegue aos jogadores. O grupo está muito focado“, finalizou. 

Do elenco que eliminou Santos e Palmeiras para alcançar a final do Paulistão, apenas William Pottker já está negociado – o atacante vai reforçar o Inter na Série B. No entanto, jogadores como Clayson, Jadson e Marllon também têm mercado e podem sair.