Promotor pede denúncia judicial de presidente do Barcelona no caso Neymar

  • Por Agência EFE
  • 27/02/2015 15h29
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Agência EFE Josep Maria Bartomeu - barcelona

A Promotoria da Audiência Nacional da Espanha pediu nesta sexta-feira ao juiz Pablo Ruz que inicie os trâmites para denunciar judicialmente o presidente do Barcelona, Josep María Bartomeu, por um crime fiscal no ano de 2014, quando o clube deixou de pagar 1,9 milhão à Receita do país pela contratação do atacante Neymar.

O promotor José Perals fez a solicitação a Ruz em um documento no qual considera não haver dúvidas de que Bartomeu participou de “fatos com indícios aparentes de criminalidade”.

“Os pagamentos importantes tinham que ser autorizados pelo presidente do clube com sua assinatura, e o valor de 5 milhões de euros que teve que ser abonado pelo clube em 30 de janeiro de 2014 pela contratação de Neymar era um desses”, escreveu Perals, que ainda criticou o depoimento dado à justiça pelo dirigente no último dia 13.

“Ele quis borrar as funções da presidência do clube, relegando a responsabilidade aos assessores fiscais ou a executivos pelo abono do imposto de renda correspondente a esse pagamento, do qual o Barça só pagou 1,3 milhão de euros, mediante uma declaração extemporânea, dos 2,6 milhões de euros que lhe correspondiam”, destacou.

Por tudo isso, o promotor considera que já há indícios suficientes de que o clube catalão, ao qual também acusa de crime fiscal pelo caso, deixou de pagar em 2014 mais de 1,9 milhão de euros à Receita espanhola em impostos. A finalidade, de acordo com ele, foi reduzir o custo da contratação de Neymar. “Sendo Bartomeu o presidente do clube, ele tinha pleno conhecimento disso e autorizou tais operações”, lembrou.

O Barcelona continua dizendo que a contratação do jovem craque custou 57 milhões de euros, mas segundo cálculos da Receita da Espanha apresentados ao juiz em um relatório, o clube pagou na realidade 94.892.181 euros pelo camisa 10 da seleção brasileira.

No último dia 2, Perals pediu a Ruz que feche a instrução do caso Neymar e leve o Barcelona imediatamente a julgamento como pessoa jurídica, e a seu ex-presidente Sandro Rosell por dois crimes fiscais na transferência do atacante.

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