Romário e Marcos Braz são investigados por suposto esquema de desvio de dinheiro em projetos esportivos

Acusações surgiram de uma delação premiada feita por um empresário; inquérito aberto no STF é relatado pelo ministro Kassio Nunes Marques e corre em sigilo

  • Por Jovem Pan
  • 27/05/2024 16h34 - Atualizado em 27/05/2024 16h36
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Montagem: Agência Senado e Câmara do Rio de Janeiro Montagem com Romario e(esquerda) Marcos Braz (direita) Romário e Marcos Braz foram citados em delação premiada

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal estão investigando o senador Romário (PL-RJ) e o vereador carioca Marcos Braz (PL) por suposto envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro de projetos esportivos da Prefeitura do Rio de Janeiro. As acusações surgiram de uma delação premiada feita por um empresário chamado Marcus Vinícius Azevedo da Silva, que chegou a ser preso em 2019 por participação em desvios de recursos de projetos sociais do governo e da Prefeitura do Rio. Um inquérito foi aberto no STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar o caso, que envolve indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ministro Kassio Nunes Marques é o relator do inquérito, que está sob sigilo. A base para as investigações é um anexo da delação premiada de Marcus Vinícius, que assinou o acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2020. A infirmação foi revelada pelo portal UOL.

Segundo o delator, o vereador Marcos Braz era responsável pelo recolhimento de valores desviados no esquema que envolvia uma ONG para beneficiar Romário. Os pagamentos teriam ocorrido durante o período em que o vice-presidente de futebol do Flamengo chefiava a Secretaria Municipal de Esporte do Rio. O Ministério Público Federal solicitou informações à prefeitura sobre contratos assinados por Marcos Braz com a ONG Cebrac, no valor total de R$ 13 milhões, para a gestão de vilas olímpicas. O dirigente rubro-negro preferiu não se manifestar. Romário, por sua vez, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a delação possui uma narrativa vaga e imprecisa. Marcus Vinícius, o delator, está sujeito à rescisão do acordo e a pena de até quatro anos de prisão caso seja comprovado que mentiu em suas declarações.

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A investigação também menciona Marcos Antônio Teixeira, conhecido como Marcos San, ex-assessor parlamentar de Romário e atualmente com cargo na vice-governadoria do Rio de Janeiro. O empresário Marcus Vinícius afirmou que Marcos San, juntamente com o vereador Marcos Braz, teriam a incumbência de garantir o repasse dos valores desviados. Marcos San negou as acusações e afirmou que sua menção deve ser um grande engano, pois só voltou a trabalhar com Romário no final de 2015.

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