Santos prevê nova arena para 18 mil torcedores e renda de R$ 70 mi por ano
O presidente do Santos, Modesto Roma Junior, não tem dúvidas de que o time terá uma nova arena na Baixada, a 250 metros da Vila Belmiro, moderna, com estacionamento próprio e cuja ocupação média chegará a 18 mil torcedores, o que significa um aumento de 10 mil pessoas em relação ao público nas partidas da Vila nas últimas temporadas.
Em entrevista a Rádio Estadão, nesta quarta-feira, horas antes de o Santos encarar o Vasco pelas oitavas de final da Copa do Brasil, a estimativa é ganhar até R$ 70 milhões por ano com a nova arena em bilheteria.
De acordo com o presidente santista, a intenção de erguer um novo estádio, cujo investimento estimado é de R$ 450 milhões, diz respeito a dois problemas que o Santos não consegue solucionar com a Vila Belmiro: a transformação do estádio onde Pelé brilhou numa arena multiuso e o aumento de público nas numeradas.
“Não há condições arquitetônica para reformar a Vila, de aumentar sua capacidade. Há ainda um impacto ambiental nos arredores que inviabiliza qualquer reforma estrutural. É tecnicamente inviável. Daria mais trabalho reformar do que derrubar e construir outra”, defendeu. “É certo também que o público aumentaria num estádio novo. O estudo que fizemos aponta para uma ocupação média de 18 mil torcedores na nova casa, com mais conforto e boa mobilidade. Hoje, nossa torcida é de 9 mil, 10 mil torcedores por partida, em média”.
Modesto se vale da transformação de Palmeiras e Corinthians nesse quesito e não quer ficar para trás na corrida. Ele enche a boca para afirmar que os dois rivais aumentaram suas capacidades de arrecadar dinheiro com bilheteria. Com a nova arena, a estimativa é ganhar até R$ 70 milhões por ano. Trata-se de aposta ousada.
Modesto explica ainda que o Santos não colocará a mão no bolso para viabilizar o projeto, que será mantido por investimento privado, dos Estados Unidos, com a obra entregue à Fernandes Arquitetura e Conexão 3. Da mesma forma, o terreno, de 109 mil metros quadrados, é doado e sem custos ao clube. O Santos terá 40% de participação na arena e 12,5% nas rendas do futebol e eventos nos primeiros cinco anos, com aumento gradativo desse porcentual. O Santos teria autonomia das rendas depois de 20 anos.
O modelo de parceria apresentado ao Conselho Deliberativo do clube também privilegia verbas de manutenção tanto da nova arena quanto da Vila. “Teremos uma verba de R$ 300 mil/mês somente para custear a manutenção da Vila. É uma verba para sempre. A Vila seria a nossa boutique, para jogos menores e especiais. Preservaríamos o lado histórico, de tradição, sem perder o seu uso e espaço”.
A previsão é de 90 dias para costurar o projeto é mais 30 meses para erguê-lo. Portanto, é um estádio para 2020.
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