Cerimônia de abertura da Tóquio-2020 tem queima de fogos e homenagem às vítimas da Covid-19; veja fotos

Conforme o combinado, o evento não teve a presença de público devido à pandemia do novo coronavírus e contou com um número reduzido de participantes das delegações

  • Por Jovem Pan
  • 23/07/2021 09h44 - Atualizado em 23/07/2021 18h58
EFE/ Miguel Gutiérrez Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio tem queima de fogos Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio tem queima de fogos

A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos foi realizada no Estádio Olímpico de Tóquio, nesta sexta-feira, 23, começando às 8 horas (de Brasília) – 20h no horário local, tendo o seu pontapé inicial com uma linda queima de fogos. Conforme o combinado, o evento não teve a presença de público devido à pandemia do novo coronavírus e contou com um número reduzido de participantes das delegações. Apesar das incertezas do Comitê Organizador, que demitiu o diretor artístico na véspera da festividade, tudo ocorreu bem. Além de homenagear as vítimas da Covid-19 com um minuto de silêncio, o cerimonial também retratou a dificuldade dos atletas chegarem à Olimpíada, publicando vídeos de esportistas treinando em casa como plano de fundo.

A cerimônia teve o ritmo da tradição japonesa, com a madeira e a história da capital do Japão como protagonistas sob as luzes brancas e vermelhas da bandeira do país. Tóquio, que era conhecida como Edo de 1603 a 1868, apresentou uma das características que floresceram durante esse período, o uso da madeira e do serviço de carpintaria, símbolos tradicionais do cuidadoso trabalho e da arquitetura japonesa. Os bailarinos, vestidos com a tradicional jaqueta “haori”, como os trabalhadores da época costumavam usar, simularam a carpintaria, essencial na cultura nacional. Ao ritmo de uma canção popular, também foi feita uma homenagem à Associação dos Bombeiros de Edo, fundamental até hoje no país para salvar estas estruturas do fogo. Em seguida, a cerimônia trouxe o tradicional Desfile das Nações, onde os representantes dos países carregaram suas bandeira, seguindo a ordem do alfabeto japonês — o Brasil, por determinação do COB, levou apenas quatro pessoas, sendo dois atletas Bruninho (vôlei) e Ketleyn Quadros (judô). A exceção dos membros do Tajiquistão e do Quirguistão, todos entraram no estádio com o uso de máscara.

Depois do desfile com a participação da comitiva do Japão, os atletas juraram seguir os propósitos olímpicos, que consistem em disputar uma competição limpa e justa. Em seguida, o símbolo da Olimpíada de Tóquio e um globo de terrestre no céu foram desenhados por 1.824 drones, enquanto a música “Imagine”, de John Lennon, era tocada. Nos momentos finais, Seiko Hashimoto, presidente do Comitê Organizador, e o presidente do COI, Thomas Bach, entraram em um palco montado no estádio — os dois fizeram discursos para a abertura dos Jogos. “Hoje, é um momento de esperança. Os atletas estão todos juntos. Essa é a força unificação do esporte, em uma mensagem de paz e solidariedade. Isso nos dá esperança para uma jornada juntos. Estamos juntos graças ao povo japonês. Em nome de todos os atletas olímpicos, quero falar da minha profunda gratidão. Vocês trouxeram o espírito olímpico à Tóquio”, disse o alemão. A cerimônia foi encerrada com uma chuva de origamis, que substituíram as tradicionais pombas brancas, e com a tenista Naomi Osaka, uma das melhores do mundo, recebendo a tocha olímpica e acendendo a pira.

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