Torcedores são proibidos de entrar no Mané Garrincha com mochilas

  • Por Agência Brasil
  • 04/08/2016 15h32
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Tony Winston/Agência Brasília Estádio Mané Garrincha ficará interditado até que sejam medidas que garantam a completa segurança sejam apresentadas

A primeira partida de futebol masculino dos Jogos Olímpicos em Brasília começou com poucas pessoas no Estádio Mané Garrincha, mas com um aparato de segurança reforçado. Principal reclamação dos torcedores, a proibição de mochilas e bolsas que não sejam descartáveis gerou desconforto em parte dos que chegavam mais cedo.

Com o jogo da Seleção Brasileira marcado para às 16h, a partida Dinamarca x Iraque começou com muitos torcedores ainda chegando ao estádio. Por conta da segurança, o acesso de automóveis ficou restrito nos locais mais próximos, o que causou reclamações.

“É um absurdo. Constrói um estádio com capacidade de estacionamento gigante, para, no dia de jogos, fechá-lo. Não tem justificativa. É uma questão de lógica: você constrói uma estrutura física, um edifício. Um estacionamento ao redor dele. Na hora de utilizar, ele é fechado. Por quê? Falta de segurança? Então, por que temos segurança pública, se ela não é capaz de nos dar a segurança de utilizar uma estrutura que foi projetada para esse fim”, queixou-se o funcionário público Israel dos Santos, de 36 anos, que foi com o filho assistir ao jogo.

Já os que se aproximavam do Mané Garrincha notavam a presença de policiais garantindo a segurança e de diversos voluntários disponíveis para fornecer informações. Além de viaturas e PMs caminhando, o entorno do estádio conta com cones de isolamento do trânsito, cavalaria da Polícia Militar e cães farejadores.

Varredura no estádio

No início da manhã de hoje (4), uma força-tarefa – formada pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM, Corpo de Bombeiros e a Comunidade Nacional de Energia Nuclear – fez uma varredura no estádio.

Apesar dos avisos, muitos torcedores foram ao Mané Garrincha portando bolsas e mochilas, o que é proibido. Indignados, alguns chegaram a pedir o dinheiro de volta e alegaram motivos pessoais para permanecer com as bolsas.

“Eu sou diabética, tenho aqui [na bolsa] um chocolate e remédios”, protestava uma das mulheres mais exaltadas. A bibliotecária Marília Silva, de 31 anos, que está grávida, levou uma bolsa pequena e inicialmente foi informada que não poderia entrar.

“Na minha bolsa só tem barra de cereal, chocolate, meus documentos e remédio para enjoo”, disse Marília, ao lado do marido, Fernando Silva. Ele, que também é bibliotecário, informou que, nos jogos da Copa do Mundo 2014, pôde entrar no estádio com mochila.

Os que não conseguiram guardar as mochilas em seus automóveis tiveram que jogá-las fora. Durante o trabalho de coleta, somente uma faxineira conseguiu encontrar seis bolsas e mochilas nas lixeiras. Alguns seguranças estavam sendo mais rígidos e proibindo todo tipo de sacolas, com exceção das transparentes, mas, depois das reclamações, as bolsas pequenas foram autorizadas pela segurança.

Após o intervalo do jogo Iraque x Dinamarca, cada vez mais camisetas amarelas eram vistas se posicionando nas arquibancadas e incentivando o futebol do Iraque. Às 16h, o Brasil enfrenta a África do Sul, na estreia da seleção olímpica em busca do ouro inédito. O Mané Garrincha deve ficar lotado.

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