Vingança holandesa decepciona torcida espanhola no Rio e em São Paulo
África Albalá Soria.
Rio de Janeiro, 13 jun (EFE).- A decepção se apoderou de centena de espanhóis residentes no Rio de Janeiro que se reuniram nesta sexta-feira na Casa de Espanha para presenciar a estreia da Fúria contra a Holanda na Copa do Mundo.
Os torcedores, apetrechados com camisetas da seleção e bandeiras da Espanha, começaram o jogo com a intenção de reviver a final do Mundial da África do Sul, convencidos que o time de Vicente del Bosque somaria seus primeiros três pontos na competição.
O otimismo reinava na Casa da Espanha desde antes do início do duelo e nada fazia prever o desastre que aconteceria antes do apito final.
A euforia tomou conta dos torcedores no momento em que o árbitro apitou um pênalti duvidoso sobre Diego Costa e alcançou o clímax quando Xabi Alonso o converteu. A Copa não poderia começar melhor para a Espanha.
No entanto, pouco antes do intervalo, o esbanjamento de alegria se viu aplacado pelo espetacular gol de cabeça do atacante Robin van Persie, que liderou a vingança holandesa.
Antes da segunda parte, os torcedores da Fúria seguiam convencidos das possibilidades da Espanha, tanto no jogo como no Mundial, e não viam no 1 a 1 mais que um pequeno empecilho que a seleção superaria sem dificuldade em seu caminho rumo à final de 13 de julho.
Porém, o segundo gol do time de Louis van Gaal, marcado por Arjen Robben, depois de se livrar sem dificuldade de Gérard Piqué e Sergio Ramos, fez os torcedores espanhóis empalidecerem.
O terceiro gol da Holanda, unido à sensação que a equipe espanhola não era capaz de reagir, fez com que a frustração dos espanhóis aumentasse.
Os gols que fecharam o placar em 5 a 1 diluíram toda esperança dos torcedores espanhóis, que preferiram concentrar-se nos próximos jogos, contra Chile e Austrália.
“Foi um desastre, mas é preciso pensar positivo. Agora é tentar ganhar do Chile, não resta outra opção”, afirmou um torcedor no Rio, que acredita que a equipe de Del Bosque conseguirá se classificar.
Os espanhóis não se reuniram apenas no Rio, mas também se concentraram no Hotel Intercontinental de São Paulo, e a sensação de desencanto foi a mesma.
Alguns torcedores atribuíam o baixo rendimento do time ao cansaço dos jogadores espanhóis, que se viram obrigados a manter um rendimento muito alto até o final de maio, quando Atlético de Madri e Real Madrid disputaram a final da Liga dos Campeões.
“Alguns jogadores disputaram jogos até o último momento, com a Champions e o disputado final do Campeonato Espanhol”, comentou Elvira Marcos Salazar, uma espanhola que viu o jogo em São Paulo.
“Mas não acho que essa seja a causa do resultado. Penso que os jogadores não conseguiram recuperar-se psicologicamente do primeiro gol da Holanda”, acrescentou. EFE
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