Acordo de coalizão em Kiev prevê pedir entrada da Ucrânia na Otan

  • Por Agencia EFE
  • 21/11/2014 11h02
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Kiev, 21 nov (EFE).- O acordo de coalizão assinado por cinco partidos para apoiar o novo governo pró-Ocidente na Ucrânia prevê solicitar o ingresso do país na Otan, segundo anteciparam vários deputados.

“A entrada na Otan é um objetivo da Ucrânia. Esta é a última decisão das forças políticas da nova maioria parlamentar que acabamos de formar”, escreveu em sua conta de Facebook o deputado Egor Soboliev, do partido Autoajuda, um dos que integram a coalizão.

O deputado Leonid Emets, da Frente Popular, partido do primeiro-ministro Arseni Yatsenuk, também confirmou esta intenção.

“No texto do acordo se fala do ingresso na Otan, da eliminação do privilégio (para os legisladores) e do processo de destituição presidencial”, disse.

Cinco partidos ucranianos, entre eles o Bloco, de Petro Poroshenko, presidente do país, e a Frente Nacional, de Yatseniuk, assinaram nesta madrugada um acordo para formar a coalizão parlamentar da nova Rada Suprema, eleita em 26 de outubro.

A coalizão, que será oficializada na quinta-feira que vem durante a sessão inaugural da nova Rada Suprema (parlamento), será formada também pelas legendas Autoajuda, Partido Radical, de Oleg Liashko, e Batkivshina (Pátria), da ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko.

O projeto do acordo será apresentado hoje para a opinião pública, coincidindo com o primeiro aniversário do início do Maidan, a revolta que terminou com a mudança de poder em Kiev, e a visita à Ucrânia do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

As cinco formações somam 288 cadeiras em um parlamento composto por 450 vagas. As eleições de 26 de outubro, no entanto, elegeram 421 legisladores, pois as conflituosas regiões de Donetsk e Lugansk, no leste do país, não participaram do processo.

“O acordo de coalizão é bastante amplo e complexo. Era necessário pactuar todos os detalhes técnicos. Além disso, éramos conscientes de que hoje é o aniversário do Maidan e tínhamos que concluir (as negociações) de qualquer jeito”, disse o porta-voz do Batkivshina, Andrei Kozhemiakin. EFE

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