Alemanha enviará primeira remessa de armas a curdos na próxima semana
Berlim, 15 set (EFE).- O primeiro envio de armas alemãs aos combatentes curdos chegará ao Iraque na próxima semana e marcará a entrega da primeira remessa de 600 toneladas da contribuição de Berlim no combate contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Segundo informou nesta segunda-feira o porta-voz do Ministério da Defesa alemão, Ingo Gerhartz, o envio inicial deverá ocorrer na quarta-feira da próxima semana devido a questões logísticas.
Esse primeiro lance contém quatro mil fuzis de assalto G3, quatro mil pistolas P1, 20 mísseis antitanque MILAN, 120 lança-foguetes antitanque, 50 pistolas de fogos de artifício e 20 metralhadoras MG3, segundo uma nota divulgada pelo Bundeswehr, as Forças Armadas da Alemanha.
Além disso, a contribuição da Alemanha para as forças curdas inclui cozinhas e tendas de campanha, óculos de proteção e caminhões”. O governo programou a contribuição armamentista para os curdos no Iraque em três lances.
O envio da primeira remessa foi anunciado no momento em que o governo alemão já se posiciona para ampliar sua participação, segundo a imprensa local, e de forma paralela ao início de uma reunião em Paris para coordenar o esforço internacional na luta contra o EI.
O envio de armas e munição às tropas curdas foi aprovado pelo governo há pouco mais de duas semanas, uma decisão que rompeu com a política defendida até então por Berlim de não autorizar provisões militares a regiões em conflito.
Tanto a chanceler Angela Merkel como o ministro das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, expressaram o compromisso com a aliança internacional contra o jihadismo do EI apoiada pelos Estados Unidos, embora descartem uma participação alemã em missões de combate.
Sexta-feira, o ministro do Interior, Thomas de Maizière, proibiu com efeitos imediatos todas as atividades do EI no país, o que inclui a exibição de seus símbolos e distintivos, coleta de fundos para a organização jihadista ou o proselitismo pela internet.
A decisão foi adotada após comprovar que o grupo também faz propaganda em alemão e devido à radicalização de setores islamitas dentro do país.
De Maizière lembrou, ao anunciar a proibição, que 400 pessoas saíram do país para lutar na Síria e no Iraque e que mais de 40 morreram, uma delas em atentado suicida. EFE
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