Alemanha estuda maior regulação do Google para frear seu domínio

  • Por Agencia EFE
  • 16/05/2014 11h15
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Berlim, 16 mai (EFE).- O governo alemão está disposto a impulsionar uma maior regulação do Google, entre outros consórcios de internet, para tentar evitar possíveis abusos derivados de sua posição dominante no setor digital.

Neste sentido se pronunciaram tanto o ministro da Economia, o social-democrata Sigmar Gabriel, como o titular de Interior, o conservador Thomas de Maizière, este último prestes a iniciar uma viagem aos Estados Unidos.

Em artigo de opinião publicado nesta sexta-feira no jornal “Frankfurter Allgemeine Zeitung”, Gabriel considera que deve ser analisado se o Google está “encurralando” seus rivais no setor e se vulnera as regras de concorrência.

Em declarações ao jornal econômico “Handelsblatt”, De Maizière expressou sua preocupação com a “superdimensão” adquirida pelo Google e apontou que a crise financeira já evidenciou os perigos entranhados nas posições de domínio em um determinado setor.

O ministro do Interior viajará na próxima segunda-feira a Washington e deve reunir-se com responsáveis de empresas tecnológicas para analisar questões como a proteção de dados pessoais e a segurança na internet, à luz do escândalo de espionagem em massa da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA.

As declarações dos ministros já encontraram eco na Autoridade de Concorrência da Alemanha, cujo presidente, Andreas Mundt, lembrou hoje que o tamanho de um consórcio, em si, “não pode estar proibido”, mas sim o abuso.

Por sua vez, o porta-voz do governo, Steffen Seibert, evitou responder se o propósito de Gabriel conta com o respaldo da chanceler Angela Merkel e se limitou a afirmar que ela “está ciente” do “intenso trabalho” de seu ministro no âmbito do setor digital.

Em seu artigo de opinião, o titular de Economia e vice-chanceler aposta também em “frear o dumping fiscal” em que se movimentam consórcios como Google, Amazon e Apple, que minimizam suas cargas impositivas desviando parte de suas atividades a paraísos fiscais. EFE

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