Alerta de tsunami e ordem de evacuação são suspensos no Chile

Santiago do Chile, 3 abr (EFE).- As autoridades chilenas cancelaram a ordem de evacuação de todo o litoral do país que foi decretada na madrugada desta quinta-feira por um forte terremoto de magnitude 7,6 na escala Richter, registrado no extremo norte do país, que foi atingido na terça-feira por outro tremor de magnitude 8,2.

“As pessoas podem retornar tranquilamente para suas casas”, disse o ministro do Interior, Rodrigo Peñailillo, após saber que o Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha (Shoa) cancelou o alerta de tsunami para todo o litoral do país, que tem 5,3 mil quilômetros de extensão.

Em uma coletiva de imprensa, o responsável de Interior também descartou a informação que alguns mineradores ficaram presos em uma jazida em Cerro Colorado, a 125 quilômetros de Iquique.

Pelo menos 12 réplicas sacudiram a zona norte do Chile após o forte tremor da noite de quarta-feira.

As réplicas oscilaram entre as magnitudes 3,8 e 5,4 em um período de menos de duas horas, entre as 23h56 e 1h17 (mesma hora de Brasília), segundo o site do Serviço Sismológico da Universidade do Chile.

O forte tremor de 7,6 graus foi, por sua vez, uma das tantas réplicas do terremoto de 8,2 graus que sacudiu o norte chileno na noite de terça-feira e que gerou um alerta de tsunami em todo o litoral do país, disse o subdiretor de Sismologia, Mario Pardo.

Em declarações à emissora “Canal 13”, Pardo disse que gostaria de dar aos chilenos “notícias melhores”, mas a energia liberada pelo terremoto e suas réplicas ainda “não foi suficiente para liberar toda a energia acumulada nessa região em mais de 100 anos”.

Desde a noite da terça-feira até esta madrugada, o norte do país foi castigado por mais de 120 tremores, incluídos os dois fortes terremotos desta noite, de magnitudes 7,6 e 6,3.

O abalo sísmico de magnitude 8,2 na terça-feira teve duração de quase 120 segundos e afetou também o sul do Peru e, inclusive, a Bolívia, deixando seis mortos e numerosos danos materiais. EFE