Animais fogem de queimadas e vão para cidades

  • Por Estadão Conteúdo
  • 17/08/2016 11h12
A ocorrência de geada, somada à queda das temperaturas e à falta de chuva, aumenta os riscos de incêndios em vegetações de áreas urbanas e rurais nessa época do ano. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), há 50 municípios no Paraná com índice crítico para incêndios florestais – última escala da classificação, que leva em conta fatores como temperatura, quantidade de chuvas nos últimos 15 dias, umidade relativa do ar e tipo de bioma na região, entre outros. Foto: Divulgação ANPr Geada e tempo seco aumentam riscos de incêndios florestais no Paraná

Para fugir das queimadas que se espalham pelo interior de São Paulo, animais silvestres começam a invadir áreas urbanas. Na última segunda, 15, uma jaguatirica foi encontrada no galinheiro de um morador do bairro Agrovila IV, em Caiuá, oeste paulista. O animal havia matado dez galinhas. O dono da propriedade chamou o Corpo de Bombeiros, mas a jaguatirica fugiu.

Segundo os bombeiros, a mata próxima havia sido atingida por um incêndio, o que pode ter levado o felino a se refugiar no galinheiro.

De 1.º de janeiro até anteontem, satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registraram 2.093 focos de queimadas no Estado de São Paulo, 97% a mais que no mesmo período do ano passado, quando aconteceram 1.061.

No dia 27 de julho, em Itapira, uma onça-parda foi encontrada no galinheiro de uma casa no bairro Pinheiros. O animal, sedado e resgatado pela Patrulha Ambiental, estava com a pata traseira queimada.

Em Jundiaí, no último domingo, moradores flagraram exemplares de macaco-prego tentando escapar de um incêndio numa área de vegetação, no acesso a Itatiba. Os primatas se refugiaram nas árvores mais altas, enquanto os bombeiros apagavam as chamas. Na sexta-feira da semana passada, um lobo-guará foi encontrado dentro de uma máquina, numa empresa do parque industrial da cidade. Na noite anterior, um incêndio havia atingido uma área de matas das proximidades.

Inverno

De acordo com o Instituto Caminho das Onças, organização vinculada ao Instituto Chico Mendes (ICMBio), os acidentes com animais silvestres chegam a dobrar no inverno, período em que as matas secam e aumentam as queimadas.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.