Após 58 anos, congressista mais antigo dos EUA é substituído pela esposa

  • Por Agencia EFE
  • 05/11/2014 09h20

Washington, 5 nov (EFE).- A democrata Debbie Dingell substituirá na Câmara dos Representantes seu marido John, o congressista mais antigo dos Estados Unidos, que deixa sua cadeira após passar 58 anos no Capitólio e legislar durante os mandatos de 11 presidentes do país.

Debbie Dingell, de 60 anos, derrotou o republicano Terry Bowman na disputa para representante, na câmara baixa federal, do estado de Michigan, segundo as projeções das redes de televisão americanas.

John Dingell deixa o Congresso aos 87 anos. Ele entrou para a Câmara dos Representantes aos 29 após uma eleição especial para a sucessão de seu pai, que havia falecido.

Essa cadeira está, portanto, em poder da família Dingell desde 1933, e agora será Debbie Dingell, uma ex-executiva da General Motors, que vai manter o legado.

John Dingell superou o recorde que antes era do senador democrata pela Virgínia Ocidental, Robert C. Byrd, que faleceu aos 92 anos em junho de 2010.

Dingell foi testemunha de momentos transcendentais na história dos Estados Unidos, como a aprovação da Lei de Direitos Civis de 1964, as leis de proteção ambiental de 1972 e 1990, a lei que estabeleceu o sistema “Medicare” para idosos e aposentados, e a reforma da saúde de 2010.

“Não quero que o povo diga que fiquei tempo demais”, disse Dingell no começo deste ano quando anunciou sua aposentadoria política.

Ele presidiu o poderoso Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes durante quase 20 anos. Além disso, foi um dos dois membros da câmara que lutou na Segunda Guerra Mundial, junto com o republicano Ralph Hall, do Texas.

Dingell era conhecido por suas longas perguntas durante as audiências e foi um defensor da indústria automobilística, onde trabalhavam grande parte de seus eleitores.

Sua cadeira, representante de um reduto democrata, não corria risco de ser tomada por republicanos, os grandes vencedores da noite eleitoral de terça-feira, na qual garantiram o controle do Congresso. EFE

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