Austrália está convencida que procura destroços do MH370 “no lugar correto”
Sydney (Austrália), 6 ago (EFE).- As autoridades australianas se mostraram convencidas nesta quinta-feira de que estão buscando “no lugar correto” o avião desaparecido da Malaysia Airlines, depois que a Malásia confirmou que o aerofólio achado na ilha Reunião é mesmo do MH370.
O MH370 desapareceu há 17 meses com 239 pessoas a bordo apenas 40 minutos após ter decolado de Kuala Lumpur com destino a Pequim e depois que alguém desligou os sistemas de comunicação.
O comissário chefe do Escritório para a Segurança no Transporte da Austrália, Martin Dolan, disse que ainda é cedo demais para determinar o que ocorreu com o avião, cuja busca no sul do oceano Índico está coordenada pela Austrália.
“(O achado na ilha Reunião) é consistente com o trabalho que estivemos fazendo, por isso que temos a confiança que estamos buscando na região correta e que encontraremos o avião ali”, disse Dolan à emissora “ABC Radio”.
O comissário ressaltou que “será preciso um exame mais minucioso (do aerofólio) para saber quanto mais poderemos aprender” sobre o que ocorreu ao avião que desapareceu sem deixar rastro.
A operação de busca rastreou até o momento 50.000 quilômetros quadrados dos 120.000 que tem a região submarina no sul do oceano Índico onde os analistas calcularam que caiu o avião após analisar dados de satélites.
O vice-primeiro-ministro australiano, Warren Truss, declarou ontem que modelos da agência australiana de ciência CSIRO demonstram que destroços do avião malaio poderiam ter chegado à Reunião arrastados por correntes da área do Índico na qual acredita-se que tenha caído.
Também ontem, o primeiro-ministro malaio, Najib Razak, confirmou que o pedaço da asa achado no dia 29 de julho em uma praia de Reunião, no oceano Índico, e que está sendo examinado na França, pertence ao avião desaparecido.
Especialistas enviados pela Boeing já tinham confirmado que as características técnicas do fragmento são de um aparelho 777, o mesmo modelo que sumiu em 8 de março de 2014 sem deixar rastro.
Por sua vez, o procurador adjunto de Paris, Serge Mackowiak, responsável pela investigação judicial, se mostrou mais prudente e evitou confirmar que a peça seja do MH370, à espera dos resultados das análises complementares que continuarão hoje. EFE
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