Aviões da RAF interceptaram bombardeiros russos perto da Cornualha

  • Por Agencia EFE
  • 19/02/2015 09h50
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Londres, 19 fev (EFE).- Vários aviões da Real Força Aérea britânica (RAF) foram enviados na quarta-feira para seguir dois bombardeiros russos que voavam em espaço aéreo internacional perto do litoral da Cornualha (oeste da Inglaterra), informou hoje o Ministério britânico de Defesa.

O Ministério disse que os Typhoon da RAF, que operavam sob comando da Otan, “escoltaram” os dois Tu-95 “Bears” russos até que estes se afastaram “da zona de interesse do Reino Unido”, apesar de em nenhum momento terem chegado a penetrar “no espaço aéreo soberano britânico”.

Em seu comunicado, a Defesa explica que os aviões foram enviados como parte da operação de reação rápida perante a proximidade dos aparatos russos, mas esclarece que “em nenhum momento foi considerado que os aviões russos apresentassem uma ameaça”.

Este é o segundo incidente com bombardeiros enviados pela Rússia em menos de um mês, pois em 28 de janeiro foram interceptados outros dois “Bears” nas proximidades do espaço aéreo britânico, perto do canal da Mancha.

Em 29 de janeiro, o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido convocou o embaixador da Rússia em Londres, Alexander Yakovenko, para pedir explicações sobre a incursão, que perturbou o fluxo da aviação civil embora não tenha havido também violação do espaço aéreo britânico.

Londres considerou então que a manobra estava inclusa “em uma crescente pauta de operações fora de sua área por parte de aviões russos”.

Segundo a Otan, as incursões de aviões russos aumentaram especialmente desde o aumento das tensões com a Rússia pela crise na Ucrânia.

O ministro da Defesa do Reino Unido, Michael Fallon, assegurou, em declarações divulgadas hoje pelos meios de comunicação, que vê “um perigo real e iminente” que a Rússia desestabilize também os Estados bálticos da Letônia, Lituânia e Estônia.

Por sua vez, o primeiro-ministro, David Cameron, advertiu ontem que a Rússia sofrerá “durante anos” as consequências das sanções econômicas e financeiras se continuar favorecendo a instabilidade na Ucrânia. EFE

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