Bashar al-Assad diz a DeMistura na Síria que silêncio encoraja terroristas

  • Por Agencia EFE
  • 16/06/2015 09h25
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Damasco, 16 jun (EFE).- O presidente da Síria, Bashar al Assad afirmou nesta terça-feira em uma reunião em Damasco com o enviado especial da ONU, Staffan de Mistura, que permanecer em silêncio diante dos crimes cometidos pelos terroristas os encoraja a atuar.

De acordo com a imprensa síria, Assad advertiu que “o mundo deve ser consciente do perigo que o terrorismo representa para a segurança e a estabilidade”.

Na opinião do líder sírio, é preciso adotar uma postura “clara e valente” contra aqueles que financiam, promovem e fornecem armas aos extremistas, assim como contra os que são omissos às resoluções do Conselho de Segurança da ONU no que diz respeito à luta contra o terrorismo na região.

De Mistura, por sua vez, informou a Assad dos resultados das consultas que mantém em Genebra com as partes envolvidas no conflito na Síria.

No encontro, falaram também do massacre cometido ontem por “terroristas” em Aleppo, a maior cidade do norte do país, onde dezenas de civis foram mortos pelo disparo de projéteis em diferentes bairros da cidade, acrescentou a agência de notícias “Sana”.

As autoridades informaram de 23 mortes e mais de uma centena de feridos pela queda de foguetes contra o bairro assírio e partes da rua Al Nil e Al-Faiçal; o Observatório Sírio de Direitos Humanos informou de 34 mortos e 129 feridos neste ataque contra áreas sob controle governamental em Aleppo.

Assad e De Mistura concordaram, além disso, de continuar com os contatos para encontrar uma solução política à disputa e restaurar a segurança e a estabilidade na Síria.

O mediador internacional chegou ontem à capital do país árabe, onde se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Walid Muallem.

Atualmente, o diplomata sueco-italiano mantém consultas na Suíça com 40 grupos da sociedade civil e da oposição armada na Síria, o governo e até 20 representantes de países da região para ver se é possível iniciar um processo de diálogo que ponha fim a um conflito que já dura mais de quatro anos.

O próprio De Mistura já havia afirmado no início de maio que estas conversas se desenvolvem “a um nível baixo” por isso seu resultado não será publicado.

“Não esperem um comunicado final, nem um resultado concreto. Quando acabar, transmitirei minhas conclusões ao secretário-geral da ONU”, disse o mediador mês passado.EFE

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