Bombardeios da Otan no Afeganistão matam 6 civis e ferem 10

  • Por Agencia EFE
  • 10/09/2014 06h43
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Cabul, 10 set (EFE).- Um bombardeio da Otan na província de Kunar, no leste do Afeganistão, matou seis civis e feriu outros dez, informou nesta quarta-feira à Agência Efe uma fonte oficial.

O ataque aconteceu ao meio-dia de ontem (hora local) no distrito de Narang dentro das operações antitalibãs que as forças internacionais realizam na região em parceria com o exército afegão, disse um porta-voz do governo provincial, Abdul Ghani.

Os insurgentes condenaram a atuação das tropas estrangeiras, que “dispararam indiscriminadamente sobre as casas dos civis”, enquanto eles trabalhavam no campo, denunciou o porta-voz dos talibãs Zabiuallah Mujahid.

Os feridos foram transferidos a um hospital de Kunar, província que concentra uma grande atividade talibã devido a sua localização, na Linha Durand, fronteira que separa o país islâmico do vizinho Paquistão.

A região é alvo habitual de ataques das tropas estrangeiras e locais.

Os bombardeios das forças internacionais são muito controvertidos no Afeganistão, especialmente pela morte de civis.

A organização de direitos humanos Anistia Internacional denunciou recentemente a quase total ausência de processos judiciais e busca de responsabilidades entre as tropas da Otan implicadas na morte de “milhares” de civis no Afeganistão.

No final de agosto, residentes da província oriental do Nuristão se manifestaram em Cabul para protestar pela morte de 40 civis em bombardeios da Otan no início do mês.

O conflito no país está em um de seus momentos mais sangrentos desde a invasão dos Estados Unidos, que provocou a queda do regime talibã há 12 anos.

As tropas internacionais começaram em 2011 a gradualmente se retirar e a transferir por fases as competências da segurança ao exército e a polícia afegãs.

A Isaf concluirá sua missão no país asiático no final deste ano, mas os Estados Unidos anunciaram que manterão cerca de 9.800 soldados em solo afegão até completar sua saída total no final de 2016. EFE

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