200 toneladas de óleo foram recolhidas nas praias do Nordeste

O material que atinge mais de 100 praias tem sido recolhido por equipes do Ibama e do ICMBio, além de agentes estaduais e municipais que atuam na limpeza do litoral

  • Por Jovem Pan
  • 14/10/2019 14h30 - Atualizado em 14/10/2019 14h58
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EFE/MARCOS RODRIGUES Ainda não se sabe a origem do óleo que atinge a região Nordeste do país desde o início de setembro

Um total de 198,5 toneladas de borra de petróleo já foi recolhido das praias do Nordeste brasileiro até esta segunda-feira (14). O material tem sido retirado por equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de agentes estaduais e municipais, e levado para aterros industriais. Parte dele é incinerada.

Já são 43 dias desde a primeira detecção do material. A preocupação neste momento é saber quanto do óleo ainda chegará às praias.

A Marinha e a Polícia Federal investigam a origem do problema. A hipótese de que o material pode ter sido lançado no mar por um “navio fantasma”, embarcação clandestina que faria o contrabando de petróleo, ganhou força nas apurações. Até a semana passada, 23 embarcações estavam no alvo das investigações

Barris da Shell

O Ibama também vai cobrar explicações da Shell sobre o aparecimento de barris no litoral do Nordeste atrelados à empresa. Paralelamente, o órgão pedirá cópia do laudo técnico da Universidade Federal de Sergipe (UFS) sobre o material que foi encontrado nos barris que chegaram ao litoral do Estado.

A Marinha informou que as manchas de óleo que chegaram às praias do Nordeste não são compatíveis com o material encontrado em amostra de barril da Shell.

Por meio de nota, a empresa afastou relação entre os barris e as manchas de óleo. “A Shell Brasil esclarece que o conteúdo original dos tambores localizados na Praia da Formosa, em Sergipe, não tem relação com o óleo cru encontrado em diferentes praias da costa brasileira”, diz o texto. “São tambores de óleo lubrificante para embarcações, produzido fora do País. O Ibama está ciente do caso”, finaliza a empresa.

Na semana passada, investigações da Marinha e da Petrobras encontraram petróleo com a mesma “assinatura” do óleo da Venezuela nas manchas do litoral. Essa informação já havia sido comunicada ao Ibama. O poluente já foi identificado em 161 pontos no litoral dos nove Estados da região.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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