43% dos brasileiros veem necessidade de reforma da previdência
Pesquisa feita pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) em parceria com o Instituto Ipsos mostra que 43% dos brasileiros consultados veem necessidade de reforma da Previdência e que 49% acham que a reforma deve ser encaminhada pelo próximo presidente eleito da República.
O estudo, divulgado nesta terça-feira, 12, durante o IX Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada, ouviu 1.200 pessoas em 72 municípios no mês de abril com idades entre 16 anos e 60 anos ou mais. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para cima e para baixo.
“A poucos meses da eleição presidencial, 43% dos brasileiros dizem que será necessário fazer uma reforma no futuro contra 38% que consideram que o sistema não precisa ser reestruturado”, lembrou o presidente da Fenaprevi, Edson Franco, para quem 43% não é a maior parte, mas que indica que o assunto reforma da Previdência está sendo debatido e que muita gente discute o assunto. Uma parcela de 19% não soube responder à pesquisa.
Se 49% acham que o tema reforma tem que ser tocado pelo novo presidente, outros 33% acham que o assunto não deve estar na agenda do próximo mandatário enquanto 18% não responderam.
A pesquisa mostra ainda que 51% da população ainda acredita que o sistema previdenciário público é sustentável. Para o presidente da Fenaprevi, a percepção de que o sistema é sustentável predomina até mesmo entre os indivíduos com maior escolaridade. “Entre os que responderam com formação superior, 52% afirmaram que o sistema é sustentável, contra 41% que dizem contrário”, pontuou Franco.
Já entre os indivíduos sem nenhum grau de instrução, o índice dos que declaram que o sistema é sustentável é menor, de 30%, embora 48% deste estrato diz não conhecer o assunto. O levantamento também mostra que para 53% dos entrevistados a previdência deve se manter com as verbas arrecadadas pelo INSS para este fim.
“O índice demonstra que os indivíduos não compreenderam que o sistema já gasta mais do que arrecada e que está em desequilíbrio”, avalia Franco. Para outros 31% dos entrevistados, o INSS deve ser mantido também com verbas reservadas para outras áreas do orçamento do governo, o que comprometeria a disponibilidade de recursos para setores como saúde e educação, entre outros.
O estudo da Fenaprevi-Ipsos também avaliou o entendimento dos brasileiros sobre a origem dos problemas da previdência. Apenas 15% dos entrevistados apontaram o modelo atual das aposentadorias e o envelhecimento da população como principais casas dos problemas do INSS.
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