Acusado no caso do sítio de Atibaia, Léo Pinheiro assina acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral

  • Por Jovem Pan
  • 23/01/2019 16h35 - Atualizado em 23/01/2019 16h37
Rafael Arbex/Estadão Conteúdo Léo Pinheiro está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, o mesmo cárcere de Lula

O empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, assinou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR). O documento, sigiloso, foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) por envolver autoridades com foro privilegiado.

Em fevereiro, após o recesso judiciário, o ministro Edson Fachin – que relata casos da Operação Lava Jato na Corte – vai decidir se homologa ou não a colaboração. A negociação durou anos e chegou a ser suspendida em agosto de 2016, pelo então procurador-geral, Rodrigo Janot, após vazarem informações sobre a suposta delação.

Léo Pinheiro declarou à juíza Gabriela Hardt – da 13ª Vara Federal de Curitiba -, em novembro passado, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso no âmbito da Lava Jato, se comportava como proprietário de sítio em Atibaia (SP) e como real beneficiário das obras que a construtora realizou no imóvel.

De acordo com o empresário, o próprio Lula o chamou para conversas sobre reformas no sítio. Entretanto, o ex-presidente nunca teria demonstrado preocupação em saber detalhes dos valores empenhados. Pinheiro estima que a empreiteira desembolsou entre R$ 350 mil e R$ 450 mil em melhorias da área – apenas a cozinha custou R$ 170 mil.

Léo Pinheiro também é acusado na ação do sítio. Questionados, advogados dele informaram que não vão se manifestar sobre a delação. A Secretaria de Comunicação Social da PGR não soube dar detalhes sobre a assinatura do acordo.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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