Brasil bate recorde na média de casos pelo 13º dia seguido e vê número de mortes crescer
País vive quinta semana consecutiva de aumento no número de infectados; total registrado desde o início da pandemia é de 24,4 milhões
Depois de meses de estabilidade e queda, o Brasil volta a prestar atenção ao número de novos casos e mortes causados pela Covid-19. De acordo com dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) nesta segunda-feira, 31, o país registrou 77.947 novos casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas, fazendo com que o total seja de 24,5 milhões – vale mencionar que São Paulo e Paraná não enviaram os dados mais recentes. Com isso, o Brasil chega à sua 5ª semana consecutiva de aumento no número de infectados pelo vírus. Além disso, o país registrou pelo 13º dia seguido um novo recorde da média móvel de casos de Covid-19, com a marca de 185.593. Já em relação ao número de mortes, foram contabilizadas 284 nas últimas 24 horas, elevando a quantidade de óbitos para 627.138. A média móvel de mortes é de 540, ficando abaixo do recorde de 3.124, registrado em abril de 2021. A taxa de letalidade no país é de 2,5%, enquanto que a taxa de mortalidade é de 298,4 a cada 100 mil habitantes. Além disso, a taxa de incidência da doença é de 12.099,5 a cada 100 mil habitantes.
Os dados são registrados em meio ao avanço da variante Ômicron no Brasil. A chegada da nova variante gerou preocupações nas autoridades. Diversas cidades cancelaram as celebrações do carnaval de rua para evitar aglomerações e, consequentemente, o avanço da doença. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, os desfiles das escolas de samba foram adiados para abril por causa do aumento do número de casos. Na última quinta-feira, 27, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a ocupação de leitos de UTI ultrapassava os 70% em pelo menos dez Estados e pediu para que a variante não seja menosprezada pela população e pelas autoridades. “Pelo menos em uma dezena de estados, nós já temos os leitos de terapia ocupados com percentual superior a 70%. Porém, no início da pandemia, o número de leitos era de 22 mil leitos de UTI e hoje temos condições de ampliar esses leitos […] A Ômicron rapidamente se disseminou no mundo inteiro e não deve ser menosprezada, apesar de sabermos que alguns casos são menos complexos do que os causados por outras variantes”, disse Queiroga.
Como uma das medidas anunciadas recentemente para combater o avanço da variante Ômicron, o Ministério da Saúde anunciou a prorrogação do custeio de leitos de UTI por todo o país. Segundo a pasta, 14.254 leitos de UTI serão custeados pelo governo por mais 30 dias, sendo que a medida irá impactar tanto leitos pediátricos quando leitos adultos. A decisão de ampliar o custeio foi tomada pela pasta em parceria com o Conass e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e a prorrogação poderá ser estendida caso o Ministério avalie que a situação da pandemia de Covid-19 não melhorou dentro do prazo de 30 dias originais.
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