Anvisa aprova o uso emergencial de medicamento com anticorpos contra Covid-19

Remédios banlanivimabe e etesevimabe são indicados para pacientes acima de 12 anos que não desenvolveram a forma grave da doença

  • Por Jovem Pan
  • 13/05/2021 15h43 - Atualizado em 13/05/2021 16h02
FREDERICO BRASIL/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 11/01/2021 Fachada da agência reguladora É o terceiro medicamento contra a Covid-19 aprovado pela Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quinta-feira, 13, o uso emergencial de mais um medicamento com anticorpos monoclonais contra a Covid-19. No dia 20 de abril, a agência havia aprovado a primeira associação de anticorpos contra a doença: um coquetel de casirivimabe e imdevimabe, produzidos pela farmacêutica Roche. Nesta quinta, a Anvisa liberou uma nova combinação composta por banlanivimabe e etesevimabe, substâncias produzidas em laboratório que, quando injetadas no organismo, atuam como todos os outros anticorpos presentes no corpo humano. O medicamento é produzido pela farmacêutica Eli Lilly do Brasil. Além dos dois coqueteis, a Anvisa também liberou anteriormente o uso do antiviral Remdesivir contra a Covid-19.

Segundo a Anvisa, o estudo clínico apontou uma redução de 70% nos índices de hospitalização relacionadas à Covid-19 e de óbitos após a administração do coquetel. “Por ser um medicamento aprovado em uso emergencial, a segurança e a eficácia dos anticorpos continuarão a ser avaliadas por estudos em andamento. Os possíveis efeitos adversos incluem reação alérgica, febre, calafrios e coceira”, diz a agência. Foram observadas reações graves relacionadas ao banlanivimabe, com ou sem etesevimabe. Por esse motivo, deverá constar na bula do medicamento a seguinte observação: “Monitore clinicamente os pacientes durante a administração e observe os pacientes por pelo menos uma hora após a conclusão da infusão”. A aplicação é intravenosa, de dose única e de venda e uso restrito aos hospitais. A associação deve ser utilizada no início do diagnóstico — quando houver tendência para piora do estado clínico do paciente. A infusão deve ser feita dentro de três dias do teste viral positivo e até dez dias após o início dos sintomas, em pacientes adultos e pediátricos (acima de 12 anos ou com mais de 40kg) e que não precisam de suplementação de oxigênio ou ventilação mecânica.

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