Anvisa encerra processo que pedia uso emergencial da vacina Covaxin
Decisão, tomada de forma unânime, é divulgada um dia depois de a fabricante do imunizante indiano quebrar o contrato com a Precisa, que intermediava a negociação om o Ministério da Saúde
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) encerrou neste sábado, 24, em decisão unânime, o processo que solicitava o uso emergencial da vacina Covaxin no Brasil. A diretoria do colegiado se reuniu um dia depois de a Bharat Biotech, fabricante do imunizante indiano contra a Covid-19, encerrar o contrato com a Precisa Medicamentos e negar a autenticidade dos documentos que a empresa intermediária enviou ao Ministério da Saúde. No comunicado, a Bharat disse que a Covaxin foi ofertada ao Brasil com o preço de US$ 15 por dose e ressaltou que não recebeu nenhum adiantamento nem forneceu vacinas ao país.
O Ministério da Saúde suspendeu o contrato da Covaxin após a negociação ter parado na CPI da Covid-19. O deputado federal Luis Miranda denunciou que o contrato firmado pela pasta acordava um preço maior do que o praticado e que seu irmão Luís Ricardo Miranda, que é servidor da Saúde, havia relatado forte pressão para aprovar o contrato para a compra da vacina indiana. Os trabalhos da comissão serão retomados no dia 3 de agosto e o dono da Precisa, Francisco Maximiano, conhecido como Max, deverá ser ouvido na primeira semana de depoimentos após o fim do recesso parlamentar.
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