Artistas pintam ‘Vidas Pretas Importam’ em faixa da Avenida Paulista

Companhia de Engenharia Tráfego interditou três pistas no sentido Rua da Consolação para secagem da pintura; apenas a faixa quatro está liberada para o tráfego

  • Por Jovem Pan
  • 21/11/2020 11h36 - Atualizado em 21/11/2020 14h14
Marcelo Chello/Estadão Conteúdo Frase é um protesto pelo assassinato de João Alberto, morto por dois seguranças brancos do Carrefour

Em manifestação contra o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, um grupo de artistas pintou a hashtag “#VidasPretasImportam” em uma das pistas da Avenida Paulista, sentido Rua da Consolação, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP). O coletivo iniciou a pintura na noite desta sexta-feira, 20, e terminou por volta das 5h da manhã deste sábado, 21. De acordo com a Companhia de Engenharia Tráfego (CET), três faixas da Avenida Paulista, sentido Rua da Consolação, permanecem interditadas nesta manhã para secagem da pintura. Apenas a faixa quatro está liberada para o tráfego. O assassinato de João Alberto, homem negro de 40 anos, por seguranças no Carrefour Passo D’Areia, em Porto Alegre, gerou protestos em diversos locais do Brasil nesta sexta-feira.

Protestos

Na capital do Rio Grande do Sul, a manifestação começou no início da tarde, em frente à loja onde aconteceu o crime. Com cartazes, bandeiras e faixas destacando que “vidas negras importam”, milhares de manifestantes exigiram justiça pelo assassinato . A realização do protesto ganhou adeptos nas redes sociais. Em São Paulo, manifestantes se concentraram, justamente no vão do Masp, por volta das 16h de sexta-feira. Cerca de duas horas depois, um grupo de mais de 600 pessoas iniciou uma caminhada em direção ao Carrefour que funciona na rua Pamplona. Uma pequena parte dos manifestantes pegou pedras dos vasos do estacionamento e arremessou contra os vidros do supermercado.

No Rio de Janeiro, dezenas de manifestantes fizeram um protesto no supermercado Carrefour da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Aos gritos de “Assassino, Carrefour”, eles chegaram a protestar até mesmo dentro do supermercado, pedindo para que a unidade fechasse. Em Brasília, as manifestações se concentraram no Carrefour localizado na Asa Sul. O ato começou na rua e depois entrou na unidade para pedir seu fechamento.

A manifestação em Belo Horizonte aconteceu em frente a uma das lojas do grupo no Centro da cidade. O supermercado teve as portas fechadas logo depois do início do protesto, por volta das 15h. A Polícia Militar acompanhou toda a manifestação. Em Fortaleza, houve dois protestos, o primeiro, que já estava organizado, ocorreu em frente à Secretaria de Segurança Pública e o segundo em frente ao supermercado Carrefour, no bairro Aldeota, zona nobre da capital cearense.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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