Ataque a tiros deixa um morto e três feridos em escola da zona leste de São Paulo

Indivíduo, que trajava o uniforme da escola e efetuou os disparos, foi detido pela Polícia Militar; morte de uma das alunas foi confirmada no pronto-socorro do Hospital Sapopemba

  • Por Jovem Pan
  • 23/10/2023 08h27 - Atualizado em 23/10/2023 13h48
PETER LEONE/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO ataque-escola-estadual-sapopemba-PETER LEONE-O FOTOGRÁFICO-ESTADÃO CONTEÚDO (1) A Polícia Militar (PM) foi acionada para uma ocorrência de ataque com arma de fogo dentro da Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, na manhã desta segunda-feira, 23

A Polícia Militar (PM) de São Paulo foi acionada por volta das 7h30 desta segunda-feira, 23, pela ocorrência de disparo de arma de fogo dentro da Escola Estadual Sapopemba, na zona leste da capital paulista. Um aluno de 16 anos, do 1º ano do Ensino Médio, teria entrado armado e disparado contra estudantes. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), uma equipe de motos prendeu o indivíduo e apreendeu sua arma de fogo. Três alunas foram baleadas no local, e uma delas, atingida na cabeça, teve a morte confirmada no pronto-socorro do Hospital Geral de Sapopemba, conforme informou a PM à repórter Beatriz Manfredini, da Jovem Pan News. As outras duas vítimas dos disparos foram baleadas na região do tórax e clavícula, respectivamente, e seguem em atendimento no mesmo hospital. Outro ferido apresentou uma lesão, mas não foi atingido pelos disparos. O Helicóptero Águia da PM foi acionado e mais 20 viaturas para atender a ocorrência na unidade escolar localizada na Rua Senador Lino Coelho, no Jardim Sapopemba. O site da Jovem Pan está em contato com a SSP e com a Secretaria Estadual de Educação para obter mais informações.

A Polícia Civil afirma que a arma é do pai do aluno e que o revólver calibre 38 é legalizado. As autoridades apontam que o atirador havia feito um boletim de ocorrência no dia 24 de abril deste ano, afirmando ter sofrido agressões e ameaças de outros alunos. Nas redes sociais, surgiram vídeos que registram ofensas verbais e agressões contra um aluno que supostamente seria o autor do crime. O caso é investigado pelo 70º Distrito Policial (Vila Ema). O governo do Estado de São Paulo emitiu nota pedindo para que vídeos do ataque não sejam reproduzidos na internet: “É de conhecimento geral que estes vídeos causam o chamado ‘efeito contágio’, estimulando novos episódios. Pedimos a colaboração de todos os veículos para que respeitem esta orientação”.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se manifestou sobre o ataque. “Estamos consternados com mais um terrível ataque nas nossas escolas (…) Nesse momento, a prioridade é apoiar os estudantes, professores e familiares. Toda minha solidariedade às famílias e a todos os afetados neste triste episódio”, escreveu o governador em seu perfil no X (antigo Twitter). O ministro da Justiça, Flávio Dino, também deu declaração em sua rede social: “Solidariedade às vítimas, suas famílias e à comunidade da escola estadual de São Paulo, alvo de ataque com arma de fogo”. De acordo com o ministro o Laboratório de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça foi acionado para auxiliar a polícia paulista a “aprofundar as investigações”. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) se solidarizou com as vítimas. “Meus sentimentos aos amigos e familiares neste momento de dor. Torço pela pronta recuperação dos feridos socorridos ao hospital do bairro (…) Estou em contato com o Estado para oferecer o suporte necessário”, escreveu o prefeito.

*Texto em atualização

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.