Atraso em insumo deve impactar vacinação no Brasil a partir de junho, diz Dimas Covas

Diretor do Butantan afirmou que cronograma não será afetado a princípio, mas explicou que a última entrega prevista de imunizantes à União ocorrerá nesta sexta-feira

  • Por Jovem Pan
  • 10/05/2021 15h28 - Atualizado em 10/05/2021 17h35
Luis Lima/Estadão Conteúdo - 08/01/2021 Seringa com vacina CoronaVac está com envase paralisado por falta de insumos

Durante cerimônia de entrega de duas milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde na manhã desta segunda-feira, 10, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que o Brasil deverá sentir em breve os impactos do atraso na liberação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), ingrediente essencial na produção das vacinas contra a Covid-19, por parte da China. Segundo o governador de São Paulo, João Doria, cerca de 10 milhões de litros de insumo produzidos no país asiático aguardam liberação do governo chinês para serem enviados ao Brasil. A expectativa do Butantan é de que alguma previsão sobre essa liberação seja dada até a próxima quinta-feira, 13. “Aguardamos essa chegada de material para que isso possa ser processado. Situação parecida com essa também é enfrentada pela Fiocruz, a informação que eu tenho é de que ela também não teve seu IFA liberado. Então preocupa, preocupa muito, sem dúvida nenhuma. O cronograma de vacinação, não neste momento, mas a partir de junho, poderá sofrer algum impacto”, afirmou Covas.

Segundo o diretor do Butantan, mais duas entregas ao Ministério da Saúde estão agendadas para esta semana: a primeira deve ser feita na quarta-feira, 12, com 1 milhão de doses, e a outra na sexta, 16, com outras 1,1 milhão de vacinas. Depois disso, o instituto, que paralisou o envase das doses na última quarta-feira, 6, não terá mais imunizantes para entregar por falta do IFA. Mais uma vez, Doria criticou e culpou Jair Bolsonaro pela demora na entrega dos insumos vindos da China. Segundo ele, o atraso ocorre por “circunstância das constantes manifestações inapropriadas, inadequadas e absolutamente inoportunas do governo”.

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