Atraso em insumo deve impactar vacinação no Brasil a partir de junho, diz Dimas Covas
Diretor do Butantan afirmou que cronograma não será afetado a princípio, mas explicou que a última entrega prevista de imunizantes à União ocorrerá nesta sexta-feira
Durante cerimônia de entrega de duas milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde na manhã desta segunda-feira, 10, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que o Brasil deverá sentir em breve os impactos do atraso na liberação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), ingrediente essencial na produção das vacinas contra a Covid-19, por parte da China. Segundo o governador de São Paulo, João Doria, cerca de 10 milhões de litros de insumo produzidos no país asiático aguardam liberação do governo chinês para serem enviados ao Brasil. A expectativa do Butantan é de que alguma previsão sobre essa liberação seja dada até a próxima quinta-feira, 13. “Aguardamos essa chegada de material para que isso possa ser processado. Situação parecida com essa também é enfrentada pela Fiocruz, a informação que eu tenho é de que ela também não teve seu IFA liberado. Então preocupa, preocupa muito, sem dúvida nenhuma. O cronograma de vacinação, não neste momento, mas a partir de junho, poderá sofrer algum impacto”, afirmou Covas.
Segundo o diretor do Butantan, mais duas entregas ao Ministério da Saúde estão agendadas para esta semana: a primeira deve ser feita na quarta-feira, 12, com 1 milhão de doses, e a outra na sexta, 16, com outras 1,1 milhão de vacinas. Depois disso, o instituto, que paralisou o envase das doses na última quarta-feira, 6, não terá mais imunizantes para entregar por falta do IFA. Mais uma vez, Doria criticou e culpou Jair Bolsonaro pela demora na entrega dos insumos vindos da China. Segundo ele, o atraso ocorre por “circunstância das constantes manifestações inapropriadas, inadequadas e absolutamente inoportunas do governo”.
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