Auxiliar de Teori ouve delatores da Odebrecht
Um juiz auxiliar do gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, morto na semana passada em um acidente aéreo, tomou na quarta-feira os depoimentos de oito executivos e ex-executivos e funcionários da empreiteira Odebrecht, em São Paulo.
As audiências foram realizadas para que os investigados por suspeita de corrupção e cartel no esquema instalado na Petrobrás entre 2004 e 2014 confirmassem os termos da colaboração a que se propõem perante o Supremo Tribunal Federal – Corte máxima que detém competência para mandar investigar deputados, senadores e outros políticos detentores de foro privilegiado.
Na segunda-feira, outros ex-dirigentes da empreiteira também foram ouvidos em São Paulo.
Etapa
Os investigados não prestaram depoimento sobre fatos que revelaram preliminarmente à força-tarefa da Operação Lava Jato e que preenchem os anexos encaminhados ao gabinete de Teori em dezembro.
Nessa etapa do caso, eles apenas foram indagados se decidiram falar espontaneamente ou se sofreram algum tipo de pressão. A medida é fundamental para que as colaborações sejam homologadas pelo relator no Supremo que irá substituir Teori, ainda não definido.
A retomada da Lava Jato no âmbito do Supremo foi ordenada pela ministra Cármen Lúcia, presidente da Corte.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, protocolou, na segunda, um pedido de urgência para a homologação das delações. Ainda não se sabe, porém, se a presidente do Supremo fará as homologações ou se ela deixará para o novo relator do processo.
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