Bandidos explodem carro-forte e ateiam fogo em veículos na Zona Leste

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 10/11/2017 18h28 - Atualizado em 10/11/2017 18h43
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Reprodução-GloboNews Quadrilha explodiu dois carros-forte na Avenida Ragueb Chohfi, em São Mateus Após explodir carros-forte, quadrilha se refugiou em favela na região de São Mateus, na Zona Leste

Bandidos fortemente armados com metralhadoras .50 atacaram dois carros-forte nesta sexta-feira (10), na altura do número 200 da Avenida Ragueb Chohfi, em São Mateus, na Zona Leste. Os ladrões explodiram os veículos e ainda atearam fogo em uma van e em um caminhão para bloquear o caminho da polícia durante a fuga.

Houve troca de tiros e a quadrilha se refugiou em uma favela próxima. Por volta das 15h30, a PM montou um cerco na região e tem feito buscas por terra e com o auxílio de helicópteros.

Um dos criminosos invadiu um imóvel e faz uma pessoa refém.

Casos

Ataques a carros-fortes e empresas de transporte de valores se tornaram comuns no Estado de São Paulo nos últimos dois anos. Em todos os casos, o modus operandi das quadrilhas foi parecido. Os criminosos com alto poder de fogo e em veículos rápidos incendiaram caminhões e carros para bloquear ruas e agiram em várias frentes ao mesmo tempo para evitar a reação policial.

No mês passado, uma quadrilha com cerca de 30 homens fortemente armados explodiu a sede da empresa de transporte de valores Protege, roubou o dinheiro e espalhou o terror na área urbana de Araçatuba, na região noroeste do Estado de São Paulo.

No dia 6 de novembro de 2015, uma quadrilha com ao menos 20 homens atacou a unidade da Prosegur em Campinas. O bando bloqueou as ruas, à margem da Rodovia Santos Dumont, metralhou a empresa e usou explosivos para detonar o cofre.

Em 13 de março de 2016, uma quadrilha usando armas de guerra incendiou veículos e explodiu a sede da Protege no bairro São Bernardo, em Campinas. O bando teria levado R$ 50 milhões, mas parte da quadrilha foi presa.

No dia 4 de abril de 2016, criminosos explodiram e assaltaram a base da Prosegur em Santos. Houve troca de tiros, perseguição e três pessoas – dois policiais e um morador de rua – morreram. Não foi divulgado o valor roubado.

Já no dia 5 de julho do mesmo ano, cerca de 40 homens atacaram a empresa Prosegur, no bairro Campos Elíseos, em Ribeirão Preto. Durante a fuga, os bandidos mataram um policial militar rodoviário e um morador de rua. Eles teriam levado de R$ 40 a R$ 50 milhões.

Neste ano, uma quadrilha de brasileiros foi agir no Paraguai. Cerca de 40 homens cercaram e explodiram o prédio da Prosegur em Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil. O bando teria roubado R$ 120 milhões – valor contestado pela empresa. Um policial e três suspeitos foram mortos.

Em outros Estados, conforme a Associação Brasileira de Empresas de Transportes de Valores (ABTV), houve um ataque no dia 5 de setembro a uma base da Prosegur, em Marabá, no Pará, e no dia 11 de dezembro, a uma empresa não divulgada, em Teresina, no Piauí

O número de ataques a carros-fortes, geralmente com explosivos, também está crescendo em todo País, segundo a associação. Foram 76 em 2015, número que subiu para 94 no ano passado. Neste ano, até setembro, já somam 76 casos. Segundo a ABTV, as empresas associadas respondem pela movimentação de cerca de R$ 20 bilhões por dia em todo o País.

 

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