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Bolsonaro diz que tensão racial é uma importação alheia à história do Brasil

Neste sábado, 21, Jair Bolsonaro participou de uma cúpula com os demais líderes dos países-membro do G20. Na abertura da reunião virtual, o presidente criticou indiretamente os protestos contra o racismo que se espalharam pelo Brasil após o assassinato de João Alberto Silveira Freitas em uma unidade do supermercado Carrefour em Porto Alegre. Para o chefe de estado brasileiro, essas manifestações seriam “tentativas de importar para o nosso território tensões alheias à nossa história”, negando assim que exista um racismo histórico e estrutural no país. Bolsonaro defendeu que existem pessoas que, em busca de poder, usam a luta por igualdade ou justiça social como uma forma de disseminar “o ódio, o ressentimento e a divisão entre as raças”. “Aqueles que estimulam a discórdia, fabricando e promovendo conflitos, atentam não somente contra a nação, mas contra a nossa própria história”, concluiu.

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Bolsonaro justificou a sua fala dizendo que o Brasil possui um povo miscigenado, que permite contemplar em uma única família uma diversidade maior do que a de países inteiros. “Não somos perfeitos, temos sim os nossos problemas. Como homem e como presidente, enxergo todos com as mesmas cores: verde e amarelo. Não existe nenhuma cor de pele melhor do que as outras”, acrescentou.  A fala vai ao encontro da declaração feita pelo vice-presidente Hamilton Mourão nesta sexta-feira, 20. O general lamentou a morte de João Alberto, mas disse que o caso não poderia ser classificado como um episódio de racismo já que, segundo ele, “não existe racismo no Brasil”.

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