Bolsonaro não comenta dia de conflitos no PSL em live semanal

  • Por Jovem Pan
  • 17/10/2019 20h06 - Atualizado em 17/10/2019 20h10
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Carolina Antunes/PR

Apesar de o dia ter sido marcado por conflitos no PSL, o presidente Jair Bolsonaro não comentou nada sobre o assunto na transmissão ao vivo feita nesta quinta-feira (17) pelas redes sociais. Acompanhado do empresário Luciano Hang, Bolsonaro falou de assuntos como economia, vazamento de óleo no Nordeste, geração de empregos e futebol.

Sobre a situação do derramamento de petróleo que atinge mais de nove estados no Nordeste, Bolsonaro declarou que o governo ainda não sabe a origem. No entanto, disse que há suspeitas que tenha vindo da Venezuela, mas não pode afirmar “com certeza”.

“Dizem que seria da Venezuela, mas não quero assumir essa responsabilidade, tenho que ter certeza absoluta para afirmar isso como um chefe de Estado”, ressaltou. O presidente lembrou, ainda, que o vazamento acontece na mesma época em que o Brasil está na iminência de fazer o maior leilão de óleo. “Esquisito né, para dificultar talvez.”

Bolsonaro esclareceu que o governo “está fazendo a sua parte”, mas quer ampliar o trabalho na região para ajudar a limpar os locais afetados.

Na última semana, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que a informação confirmada até agora é de que se trata de petróleo de origem venezuelana. Entretanto, ressaltou que a investigação que está sendo feita pelo governo é “extremamente técnica e não ideológica”.

Pagamento do 13º

O presidente garantiu também que a 13ª parcela do Bolsa Família será paga nos anos seguintes e não só em 2019, como prevê medida provisória assinada esta semana por ele. Segundo Bolsonaro, o 13º do programa “está garantido para os outros anos”, pois “vai entrar na LOAS”, a Lei Orgânica da Assistência Social, que tem um orçamento específico e concede benefícios a pessoas de baixa renda.

Bolsonaro ainda lembrou que a decisão de conceder o adicional natalino vai aumentar o valor previsto para o Bolsa Família neste ano para R$ 33 milhões – R$ 2,9 bilhões a mais que o inicialmente programado para o ano antes da assinatura da MP do 13º.

Conflitos no PSL

Na noite desta quarta-feira (16), foi divulgado um áudio do presidente Bolsonaro em conversa com seus aliados, onde ele falava em articular a remoção do cargo do líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir.

Nesta manhã, foram protocoladas três listas de assinaturas na secretaria Geral da Mesa na Câmara, sendo que duas eram em apoio ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e uma em apoio ao delegado. As duas primeiras — feitas por parlamentares ligados ao presidente da República — tinham 26 e 24 assinaturas, respectivamente. A outra – feita por aliados ao presidente do partido, Luciano Bivar (PE) — tinha 29.

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) havia assinado a lista em apoio a Waldir. Em razão disso, nesta tarde, foi substituída na liderança do governo no Congresso pelo senador Eduardo Gomes (MDB-GO).

Mais tarde, vazou um áudio de Waldir em que ele afirmava em reunião interna da ala ligada a Bivar que iria “implodir” Bolsonaro, além de proferir ofensas contra o presidente. Em discurso posterior em Florianópolis, Bolsonaro afirmou que sua vida no governo “não é fácil”, mas que sabia que seria assim.

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