Bolsonaro parabeniza polícia após operação com 28 mortos no Jacarezinho

Na publicação, o presidente da República também atacou a imprensa e os partidos de esquerda por ‘tratar como vítimas traficantes que roubam, matam e destroem famílias’

  • Por Jovem Pan
  • 09/05/2021 21h51 - Atualizado em 09/05/2021 21h52
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Alan Santos/PR Jair Bolsonaro discursando O presidente Jair Bolsonaro parabenizou a Polícia Civil do Rio de Janeiro pela operação na favela do Jacarezinho

Jair Bolsonaro (sem partido) usou a sua conta no Twitter na noite deste domingo, 9, para parabenizar a Polícia Civil do Rio de Janeiro pela operação na favela do Jacarezinho, na zona norte da capital fluminense, que resultou na morte de 27 civis e de um policial. Na publicação, o presidente da República também atacou a imprensa e os partidos de esquerda. “Ao tratar como vítimas traficantes que roubam, matam e destroem famílias, a mídia e a esquerda os iguala ao cidadão comum, honesto, que respeita as leis e o próximo. É uma grave ofensa ao povo que há muito é refém da criminalidade. Parabéns à Polícia Civil do Rio de Janeiro!”, escreveu o chefe do Executivo. “Nossas homenagens ao Policial Civil André Leonardo, que perdeu sua vida em combate contra os criminosos. Será lembrando pela sua coragem, assim como todos os guerreiros que arriscam a própria vida na missão diária de proteger a população de bem. Que Deus conforte os familiares!”, completou.

Esta não é a primeira declaração de alguém importante do Executivo quanto a operação no Jacarezinho. Na sexta-feira, 7, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, classificou como “bandidos” os mortos na operação policial. “Tudo bandido! Entra um policial numa operação normal e leva um tiro na cabeça de cima de uma laje. Lamentavelmente, essas quadrilhas do narcotráfico são verdadeiras narcoguerrilhas, têm controle sobre determinadas áreas e é um problema da cidade do Rio de Janeiro”, declarou o militar ao chegar para despachar no Palácio do Planalto. Já na noite do último sábado, 8, a Polícia Civil divulgou a lista de nomes dos mortos, classificando 27 deles como “criminosos”. Embora a Secretaria de Segurança Pública do Rio afirme que a operação cumpriu todos os procedimentos legais, moradores alegam que alguns suspeitos foram executados.

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