Bolsonaro: ‘Se for para ser um banana, um poste, estou fora’

  • Por Jovem Pan
  • 21/08/2019 11h45
Carolina Antunes/PR Em uma fala contraditória, Bolsonaro afirmou primeiro não ter interferido em órgãos como a Polícia Federal e a Receita

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira (21) ser um mandatário que pode “interferir mesmo” em alguns órgãos federais se for preciso. O presidente participou brevemente no período da manhã do Congresso Aço Brasil 2019, realizado em Brasília.

Em uma fala contraditória, Bolsonaro afirmou primeiro não ter interferido em órgãos como a Polícia Federal e a Receita, mas logo em seguida disse ser presidente “para interferir mesmo” e que “se for para ser um banana, um poste, estou fora.”

Para exemplificar que não tem interferido, Bolsonaro afirmou que fez uma sugestão no episódio da troca de comando na superintendência da Polícia Federal no Rio. Na semana passada, ele disse que Ricardo Saadi, titular do cargo, seria substituído pelo chefe da PF no Amazonas, Alexandre Silva Saraiva.

No mesmo dia, a corporação reagiu e sinalizou que não aceitaria uma indicação “de cima para baixo”. Horas depois, Bolsonaro foi obrigado a baixar o tom e aceitar a indicação do superintendente de Pernambuco, Carlos Henrique Oliveira Sousa.

Meio ambiente

Bolsonaro repetiu aos empresários a sua avaliação de que as queimadas na região Norte do País podem estar sendo potencializadas pelas Organizações Não Governamentais (ONG) que perderam dinheiro.

Mais cedo, ele afirmou a jornalistas que as ONGs que recebiam recursos do exterior podem estar por trás do aumento dessas queimadas na floresta amazônica. De acordo com ele, o objetivo seria fazer uma “campanha” contra o Governo Federal.

“Do dinheiro que vinha para o Fundo Amazônia, 40% ia direto para ONGs. Cortamos essa grana deles. A Alemanha não vai querer comprar à prestação essa área mais rica do mundo. O que eles querem é nossa riqueza e nossa soberania”, disse.

O presidente também afirmou aos empresários que o governo quer investir mais em pesquisas para o setor, mas ressaltou que falta dinheiro para isso. “Não posso desrespeitar a lei de responsabilidade fiscal, não posso pedalar”, disse.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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