Bolsonaro defende que vídeo da reunião seja extraído: ‘Tratamos de temas reservados’

  • Por Jovem Pan
  • 11/05/2020 21h47 - Atualizado em 11/05/2020 21h49
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Marcos Corrêa/PR O encontro foi citada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro em depoimento realizado no dia 2 de maio, no inquérito que apura as declarações sobre suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal

O presidente Jair Bolsonaro se manifestou nesta segunda-feira (11) sobre a possibilidade de divulgação, na íntegra, do vídeo da reunião realizada no dia 22 de abril entre ele, o vice-presidente Hamilton Mourão, ministros e presidentes de bancos públicos.

O encontro foi citada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro em depoimento realizado no dia 2 de maio, no inquérito que apura as declarações sobre suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.

“O que eu espero que aconteça, numa normalidade, é extrair do vídeo a parte que interessa ao inquérito, para saber se houve alguma interferência minha na Polícia Federal ou não”, afirmou a jornalistas no Palácio do Alvorada.

O presidente destacou que os outros assuntos tratados durante a reunião são temas reservados. “O restante [da reunião], eu tratei de política internacional. Não é justo alguém achar que deve divulgar isso daí, eu tratando de política internacional, que obviamente você trata isso de maneira bastante clara, ali naquele reunião. Caso fosse numa conferência, num evento, não seria tratado da forma bruta como foi ali”, acrescentou.

Segundo ele, a gravação só ocorreu para aproveitar imagens das autoridades. “Não é um vídeo oficial, mas [fornecemos] para comprovar que nada devemos no tocante ao inquérito”.

Vídeo

Segundo Moro, em seu depoimento, o presidente Jair Bolsonaro o teria pressionado durante a reunião ministerial para demitir o então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo. A demissão do delegado, formalizada dia 24 de abril, acabou levando o ex-ministro a também deixar o governo.

O inquérito tem como relator o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Por determinação do magistrado, a PF vai exibir o vídeo somente para os envolvidos na investigação amanhã (12), na sede da PF em Brasília.

Essa semana, estão previstos os depoimentos dos ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Walter Braga Netto (Casa Civil) e Augusto Heleno (Gabinete da Segurança Institucional).

Em despacho no último sábado (9), Celso de Mello disse que decidirá, em breve, sobre a divulgação pública, “total ou parcial”, do vídeo.

* Com informações da Agência Brasil

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