Butantan diz que não vai cumprir prazo de entrega de doses da CoronaVac

Instituto negou atraso e afirmou que as unidades serão enviadas dentro do período estipulado pelo contrato; ministério da Saúde excluiu o uso da vacina para aplicação da terceira dose

  • Por Jovem Pan
  • 30/08/2021 17h05
ADRIANA TOFFETTI/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 12/12/2020 Frasco da vacina Coronavac Contrato entre o Instituto e o Ministério da Saúde prevê conclusão da entrega até o fim de setembro

O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciou que não conseguirá concluir até esta terça-feira, 31, a entrega das 54 milhões de doses da vacina CoronaVac contra a Covid-19 ao governo federal. A afirmação foi dada na manhã desta segunda-feira, 30, durante coletiva realizada na entrega de 10 milhões de doses do imunizante. “Não entregaremos as 54 milhões de doses até amanhã. Nós estamos reprogramando as entregas em virtude de dois fatos. O primeiro fato foi a própria manifestação do Ministério, que excluiu o uso da vacina para aplicação da terceira dose. Então, isso muda um pouco a programação. Nós estamos reprogramando porque nós temos outros contratos a serem atendidos, outros Estados, outros países, então nós estamos reprogramando, não vamos realizar as entregas das 54 milhões”, disse Covas. Procurado pela Jovem Pan, o Butantan esclareceu que o adiamento não será um atraso, uma vez que o prazo final para a conclusão da entrega é no fim de setembro. Entretanto, o órgão confirmou o adiamento planejado pelo governo do Estado de São Paulo, que pretendia concluir o processo nesta terça-feira, 31.

Na última semana, o Ministério da Saúde anunciou a aplicação de uma terceira dose da vacina contra a Covid-19 em idosos com mais de 70 anos e pessoas imunossuprimidas. A previsão é de que o procedimento comece na segunda quinzena de setembro. Entretanto, a pasta afirmou que a aplicação deverá ser feita com doses da Pfizer e, se não for possível, com a AstraZeneca ou Janssen. A CoronaVac não foi mencionada na decisão e não deverá ser utilizada. A decisão foi tomada após uma reunião conjunta entre a Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 do Ministério da Saúde (CETAI), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

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