Câmara de São Paulo aprova reajuste de 2,16% para servidores públicos

Percentual oferecido pela prefeitura deixou o funcionalismo insatisfeito; gestão Nunes diz que proposta contempla a inflação de maio de 2023 a fevereiro deste ano

  • Por da Redação
  • 27/03/2024 08h57 - Atualizado em 27/03/2024 09h47
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Richard Lourenço/Rede Câmara Plenário da Câmara dos Vereadores com sindcalistas com faixas ao fundo Sob protestos de servidores, Câmara dos Vereadores de São Paulo aprocou reajuste por 37 votos a 15

A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou em segunda votação o reajuste de 2,16% para os servidores públicos do município. Foram 37 votos favoráveis e 15 contrários. A medida, agora, vai à sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB), autor da proposta. O percentual oferecido pela prefeitura deixou os servidores insatisfeitos. Assim como no último dia 20, quando o texto foi aprovado em primeira discussão, houve protestos na galeria do plenário e do lado de fora da Casa. O viaduto Jacareí foi interditado, sendo ocupado por caminhões de som e manifestantes. Milton Leite, presidente da Câmara e da sessão, pediu para que a GCM (Guarda Civil Metropolitana) retirasse duas mulheres que protestavam da galeria. A sessão foi suspensa e, após conversas entre as partes, ambas continuaram na Casa. O reajuste será válido a partir do dia 1º de maio, inclusive para aposentados e pensionistas.

O impacto aos cofres públicos será de quase R$ 500 milhões, de acordo com o prefeito. A gestão Nunes defende a proposta e diz que contempla a inflação de maio de 2023 a fevereiro deste ano, de acordo com o IPC-Fipe. Vereadores de oposição dizem que o percentual oferecido é baixo, já que a prefeitura tem quase R$ 30 bilhões em caixa. A base do governo defende que a proposta está de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e alcança a inflação no período. O percentual de 2,16% também será aplicado sobre os valores do auxílio-refeição e do vale-alimentação.

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Insatisfeitos com a proposta de Nunes, parte dos professores da rede municipal entraram em greve. São cerca de 72 mil docentes e 741 mil alunos sob responsabilidade da prefeitura. A gestão municipal afirmou que a greve atingiu somente 3% de cerca de 4.000 escolas, incluindo as conveniadas. O Sinesp (Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo) afirma que a paralisação vai continuar. Os professores da rede municipal também pede o fim do pagamento por subsídio. Uma das reivindicações da classe é a de que 39% do valor, que hoje é pago como abono complementar ao piso, seja incorporado aos salários.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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