Candidatura Marina-Erundina “pode acontecer”, avalia Eduardo Suplicy

  • Por Agencia EFE
  • 16/08/2014 08h22
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SÃO PAULO,SP,11.08.2014:DILMA ROUSSEFF-ENCONTRO-ESTUDANTES-UNINOVE - Eduardo Suplicy prestigia a presidente do Brasil e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff durante encontro com estudantes, na Faculdade Uninove, zona oeste de São Paulo (SP), nesta segunda-feira (11). (Foto: Leandro Martins/Futura Press/Folhapress) Leandro Martins/Futura Press/Folhapress Eduardo Suplicy

O senador candidato à reeleição em São Paulo, Eduardo Suplicy (PT), afirmou à Agência Efe que uma possível candidatura de Marina Silva com Luiza Erundina como vice pelo PSB é algo que “pode vir a acontecer”.

“Eu certamente tenho feito e vou fazer campanha para a presidente Dilma Rousseff. Tenho na Marina Silva e na Luiza Erundina duas companheiras e amigas, e acho que é uma chapa forte se for assim constituída”, analisou Suplicy.

O senador ressaltou que “esta é uma decisão do PSB” e acredita que até o final da próxima semana o partido deva ter um posicionamento sobre o tema.

“Acho que até o final da próxima semana eles terão tomado a decisão, que eu respeito, mas são duas pessoas com as quais eu me dou muito bem e tenho grande afinidade”, acrescentou Suplicy.

Em entrevista exclusiva à Efe, o senador abordou o atual contexto político após a morte de Eduardo Campos, com quem também mantinha relação de amizade, e sua candidatura ao Senado.

Para o senador, o mais provável é que Marina Silva assuma a candidatura de Campos, mesmo com “diferenças, objeções e outros valores que o PSB tem em relação à Marina”.

Candidato pela quarta vez ao Senado, Suplicy reconhece que a disputa nestas eleições será mais apertada com a visibilidade atingida por José Serra, do PSDB, também candidato ao Senado por São Paulo e líder nas últimas pesquisas de intenção de voto.

“É claro que ele teve muito mais exposição e é mais conhecido do que eu, mas isso deverá se equilibrar agora na campanha”, espera o candidato, que busca se destacar da oposição com propostas de políticas sociais, como o Renda Mínima, aprovado em 2004 e passível de regulamentação pelo Governo Federal, e a contrariedade à redução da maioridade penal.

Suplicy disse estar trabalhando também um projeto de lei para implementação de penas alternativas para jovens infratores, para que eles possam “ressarcir a sociedade pelos danos causados”.

“Para estes casos (jovens reincidentes) não está ainda na lei isto (as penas alternativas) e é justamente a proposta que eu estou elaborando. Eu acredito muito mais nisso do que na ênfase na punição”, explicou o senador.

No entanto, apesar das propostas de cunho social, Suplicy se candidata com um suplente que não tem identificação com a esquerda ou movimentos sociais com os quais dialoga constantemente.

Tadeu Candelária, do PR e um dos homens de confiança de Valdemar Costa Neto, preso após ter sido condenado durante o processo pelo escândalo do mensalão, figura como primeiro suplente por determinação do PT, que tem no PR sua base aliada no Congresso.

“Não tenho notícia alguma de qualquer malfeito realizado por Tadeu Candelária. Ele pode ser mais conservador do que o PT, mas não tenho conhecimento de qualquer ação incorreta da parte dele”, defendeu Suplicy.

Cleyton Vilarino/EFE

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