Capitão Derrite defende reforma penal e diz que Estado e sociedade ‘viram as costas’ para a polícia

Em entrevista ao Pânico, deputado federal defendeu aumento de salário a policiais do estado de São Paulo: ‘É a melhor porque os policiais fazem dela a melhor’

  • Por Jovem Pan
  • 15/09/2021 16h10
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Reprodução/Pânico Capitão Derrite fala ao microfone no estúdio do programa Pânico Capitão Derrite, eleito deputado federal pelo Progressistas em São Paulo, foi o convidado do programa Pânico desta quarta-feira, 15

Nesta quarta-feira, 15, o programa Pânico recebeu o deputado federal Capitão Derrite (Progressistas-SP). Em entrevista, ele defendeu uma reforma penal que abrigue a redução da maioridade penal e o fim de medidas compensatórias, como saída temporária e redução de pena. “O ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, é uma aberração jurídica, porque o vagabundo no Brasil, com menos de 18 anos, é chamado de adolescente infrator. Ele comete um crime chamado de ato infracional, mas não pode responder, por causa da maioridade penal, mas pode receber visita íntima onde ele está. Eu tenho projeto para acabar com visita íntima. Nós analisamos o dia 8 de abril de 2021, os presos em flagrante delito da área de Vila Madalena, Pinheiros, 50% dos roubos eram por criminosos que deveriam estar presos. Se você quer reduzir pela metade o índice criminal, acaba com saída temporária, benefício, progressão de regime, semiaberto. Porque no Brasil quem cumpre a pena de regime fechado é só o cara que comete o crime cuja pena é maior de 8 anos. Quando se fala que o Brasil tem a maior população carcerária do mundo é mentira, comparada a nossa população de 210 milhões, é um número irrisório, a gente cai para 36º no ranking mundial. O Brasil sofreu com o marxismo cultural, as instituições, as universidades, o judiciário e o Ministério Público, e o marxismo cultural foi implantado no garantismo penal, que só pensa no criminoso como coitadinho vítima da sociedade.”

O deputado ainda opinou que a segurança pública deve ser pautada para além do bordão ‘bandido bom é bandido morto’. Segundo ele, o Estado e a sociedade viram as costas para policiais que entram em confrontos. “A gente tem que elevar o patamar e sair daquela história de bandido bom é bandido morto. Eu tive várias ocorrências de confronto na rota, mas quando isso acontece, o Estado e a sociedade viram as costas para o policial. Eu estou fardado, defendendo o Estado, eu já tive que fazer empréstimo para pagar advogado, imagina o soldado que recebe o menor salário do país? Não sou sindicalista, mas foi prometido por ele que São Paulo teria o segundo melhor salário do país, e hoje temos o pior. É inadmissível. É a melhor polícia porque os policiais fazem dela a melhor. Bombeiros socorrem 1,2 mil vítimas por mês. As promessas do então candidato, nenhuma se cumpriu. É um absurdo. Doria conseguiu se superar, fez a polícia de São Paulo sentir saudades do Alckmin.”

Confira na íntegra a entrevista com Capitão Derrite:

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