Cármen Lucia diz que tem medo de ‘coronelismo’ nas redes sociais
Ministra do STF, que assumiu o TSE nesta terça-feira, participou de evento da Abraji em São Paulo: ‘Nós estamos falando de limites para que todos sejam livres, não em limitar a liberdade’
Durante evento realizado pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) em parceria com a ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e Embaixada e Consulados dos Estados Unidos nesta terça-feira (7), a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia saiu em defesa da regulamentação das plataformas, sobre a importância da imprensa para as eleições e tratou sobre o que vê como desafios atuais com as redes sociais e o temor da criação de um “novo coronelismo digital”. “Quando a gente fala na regulamentação da inteligência artificial e das plataformas, nós estamos falando de limites para que todos sejam livres, não estamos falando em limitar a liberdade”, disse. “Muito diferente disso, estamos falando em que a liberdade não é só do dono da plataforma, de quem veicula”, completou. Quando as apresentações começaram no evento, a ministra destacou que, por ser juíza, iria falar em tese, pois um dos temas do encontro era a judicialização. “Não vou falar de nada que estiver submetido a juízo, vou me ater ao direito constitucional.” Além da ministra, o bate-papo teve a presença da presidente da Abraji, Katia Brembatti, e da advogada Mônica Galvão, do Instituto Tornavoz. Cármen Lucia estará à frente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nas eleições deste ano.
“O que acontece hoje? Cria-se como se fosse um espaço extra-supranacional e diz assim ‘nós não temos direito e nós fazemos o que quiser o algoritmo dita o que chega até você alguém aqui acha que esse algoritmo não tem alguém que dita manipula e ganha dinheiro com isso?”, ressaltou.
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